A Polícia Federal promoveu uma operação para a prisão de uma organização criminosa que planeja atentados a servidores públicos e autoridades. O senador Sérgio Moro (União Brasil) e o promotor de justiça Lincoln Gakiya, de Presidente Prudente (SP) eram alguns dos alvos dos criminosos.
A esposa do senador, Rosangela Moro, já mostrava preocupações quanto a segurança antes das investigações ganharem holofotes. Durante a campanha eleitoral no Estado de São Paulo, a deputada tinha como medidas de segurança a utilização de carro blindado e o acompanhamento de seguranças, independente dos compromissos a serem exercidos.
Já Lincoln Gakiya está sofrendo ameaças de morte por parte do PCC desde 2018. Vale ressaltar que foi Gakiya que articulou a transferência da liderança máxima da organização para os presídios federais, que ocorreram em meados de fevereiro de 2019.
Na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, estavam ao menos 15 líderes do PCC. O MP-SP já trabalha para a recuperação dos presos.
Ameaças
As investigações movidas pela PF mostram que a facção criminosa vem articulando uma retaliação por conta da portaria governamental que proíbe a visita íntima em presídios federais. Outro ponto são os pacotes anticrimes discutidos. Desde 2022 os atentados vem sendo planejados, aponta as investigações
Dentre os nomes que foram alvos da operação, está o de Patrik Velinton Salomão, 42, conhecido como Forjado, que é apontado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo como um dos integrantes da cúpula do PCC.
Forjado deixou a penitenciaria federal de Brasília no início de 2022, após o cumprimento da pena. Atualmente ele está sendo considerado como fugitivo pela lei. O MP-SP diz que Forjado é da "sintonia final" do PCC.
Ele foi condenado num total de 15 anos e 10 meses de prisão, com a pena terminando em setembro do ano passado. Entretanto, o período de cárcere foi reduzido após Forjado fazer cursos e estudos na penitenciária.
Segundo os policiais civis, Forjado deixou a penitenciária federal e foi morar em uma cobertura em São Paulo. Após isso, ele começou a ser monitorado por agentes. Neste tempo, ele teria viajado para o Paraná e voltado para São Paulo, quando não foi mais localizado.
A Justiça de São Paulo chegou a absolver em janeiro de 2021 Forjado das acusações de associação à organização criminosa e lavagem de dinheiro. Além dele, outros 19 réus foram acusados de integrar o PCC e ocultar movimentações de R$ 1 bilhão da facção entre janeiro de 2018 e julho de 2019.
Além de Forjado, outro alvo é Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, que foi detido pela PF. Ele está sendo processado por furto e extorsão mediante a sequestro, além de suspeito de liderar o motim em Franco da Rocha (SP).
A PF investiga também Valter Lima Nascimento, Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan, Claudinei Gomes Carias, Herick da Silva Soares e Franklin da Silva Correa.