Dilma Rousseff não devolveu seis presentes de chefes de Estado à União
Reprodução/Twitter @dilmabr
Dilma Rousseff não devolveu seis presentes de chefes de Estado à União

A ex-presidente Dilma Rousseff deixou de devolver seis presentes de chefes de Estado para a União, aponta um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). A informação foi divulgada pela CNN e confirmada pelo iG.

Segundo o TCU, a ex-presidente foi cobrada por 144 presentes que teria recebido quando comandou o Palácio do Planalto entre 2011 e 2016. Três anos mais tarde, o Planalto informou que apenas seis presentes foram incorporados ao acervo pessoal de Dilma.

Em 2020, ministros da Corte decidiram não cobrar a devolução dos presentes da ex-presidente. Se somados, os bens têm valor estimado de R$ 4.873, o que foi considerado irrisório pelo TCU.

Entre os presentes que estão com a ex-presidente estão dois relógios de mesa, um com caixa circular em aço inox e outro com porta canetas, e uma travessa de madeira. Uma rede de descanso, um painel em tapeçaria e uma pintura em tecido completam a lista de presentes que ficaram com Dilma Rousseff.

Bolsonaro é alvo de inquérito

O ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de incorporar ao seu acervo pessoal um pacote de joias no valor de R$ 500 mil, doadas pelo governo da Arábia Saudita. Bolsonaro ainda teria intermediado e envolvido ministros e servidores para conseguir a liberação de outro pacote de joias para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Segundo uma reportagem de "O Estado de S. Paulo", o pacote de Michelle está avaliado em R$ 16,5 milhões. Entre os presentes, estavam um anel, colar, relógio e brincos de diamantes.

Os bens foram entregues pelo governo saudita após uma viagem de Bolsonaro e seus ministros aos árabes em outubro de 2021.

Ao chegar ao Brasil, as peças foram aprendidas na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na mochila de um assessor de Bento Albuquerque, então ministro de Minas e Energia. Ele ainda tentou usar o cargo para liberar os diamantes, entretanto, não conseguiu reavê-los, já que no Brasil a lei determina que todo bem com valor acima de US$ 1 mil seja declarado.

Diante do fato, o governo Bolsonaro teria tentado quatro vezes recuperar as joias, por meio dos ministérios da Economia, Minas e Energia e Relações Exteriores. O então presidente chegou a enviar ofício à Receita Federal, solicitando que as joias fossem destinadas à Presidência da República.

Na última tentativa, três dias antes de deixar o governo, um funcionário público utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar até Guarulhos. Ele teria se identificado como “Jairo” e argumentado que nenhum objeto do governo anterior poderia ficar para o próximo.

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