O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) fez sérias críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro , envolvido no escândalo das joias de diamantes dadas pelo governo da Arábia Saudita para o Brasil . O psolista afirmou que o ex-mandatário do país nunca diferenciou o “público do privado”.
Em entrevista dada para o canal pago CNN Brasil, nesta quarta-feira (8), Boulos relatou que os presentes dados pela Arábia Saudita “não é uma questão de opinião”, porque o Tribunal de Contas da União declarou que os itens deveriam ter sido levados para o acervo público.
O deputado destacou que “Bolsonaro sempre demonstrou uma terrível incapacidade de diferenciar o público do privado”. Um dos exemplos dados pelo parlamentar foi o episódio em que o ex-presidente foi acusado de trocar o delegado da Polícia Federal que investigava um de seus filhos.
Outro ponto levantado por Boulos foi o acordo feito entre o governo brasileiro e o Emirados Árabes, aliado da Arábia Saudita. O país emiradense comprou uma refinaria da Petrobras na Bahia por menos da metade do preço estimado no mesmo período em que as joias foram entregues ao Brasil.
“Foi nesse contexto que Bolsonaro recebeu as joias, ou seja, podemos ter um caso mais grave do que apenas a apropriação de um presente público, e sim uma recompensa por um negócio que causou dano ao erário público no Brasil. Isso precisa ser investigado com rigor”, pontuou.
Não há nenhum indício até o momento que as joias dadas pelo governo saudita tenham ligação com a venda da refinaria da Petrobras. Porém, a Polícia Federal segue investigando o episódio.
Guilherme Boulos e a Prefeitura de SP
Guilherme Boulos é pré-candidato na disputa eleitoral de 2024 para a Prefeitura de São Paulo. Ele contará com o apoio do PV, PCdoB, PT e Rede, além de buscar ter no seu bloco o PSB, Solidariedade e PDT, representando a esquerda na capital paulista.
Na primeira pesquisa eleitoral, o psolista apareceu em primeiro lugar nos quatro cenários com larga vantagem. Na segunda posição apareceu o apresentador José Luiz Datena, que não deve concorrer ao cargo.
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