Escândalo dos diamantes: PL quer "sumiço" de Michelle Bolsonaro

Ex-primeira-dama está no centro do debate

Michelle Bolsonaro
Foto: O Antagonista
Michelle Bolsonaro


A direção nacional do PL montou uma estratégia para que Michelle Bolsonaro não sofra grandes danos com a tentativa do antigo governo de receber ilegalmente joias de diamantes . Os principais nomes da sigla querem que a ex-primeira-dama fique fora de vista pelas próximas semanas para a poeira baixar.

De acordo com informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo, o planejamento inicial da agremiação era fazer com que Michelle tivesse uma agenda intensa em março. Ela participaria de eventos públicos para comemorar o mês da mulher.

No entanto, depois que surgiram informações sobre as joias, a direção do PL decidiu rever os planos. Oficialmente, a legenda tem dito que o Dia Internacional da Mulher terá muitas atividades desenvolvidas pela esquerda e por isso não irá expor a esposa de Bolsonaro.

Só que o discurso interno é que os caciques da sigla querem que Michelle seja “preservada”. O foco é não colocá-la no “olho do furacão” para que a imprensa e adversários políticos tentem prejudicar sua imagem e, consequentemente, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Diretores do PL não gostaram da reação de Michelle Bolsonaro

Ao surgir à notícia das joias no Estadão, a ex-primeira-dama decidiu ser irônica com o episódio. Só que diretores do PL desaprovaram o comportamento dela, porque consideram o caso muito grave para tratar com “desdém”. Além disso,  acreditam que a melhor estratégia não é tentar responsabilizar a imprensa por uma informação que saiu da Receita Federal.

A Polícia Federal de São Paulo instaurou um inquérito  para iniciar uma investigação sobre a tentativa de receber ilegalmente as joias avaliadas em R$ 16,5 milhões.  Os objetos foram presentes do governo da Arábia Saudita para o casal Bolsonaro.

O caso

De acordo com reportagem publicada pelo Estadão, o governo trabalhou internamente para reaver as joias em oito oportunidades. Em nenhum dos casos obteve sucesso. Outros objetos, como abotoaduras e relógio, chegaram a entrar no Brasil com o grupo comandado pelo então ministro de Minas e Energia, em outubro de 2021.

A Receita Federal comunicou, por meio de nota, que o episódio pode “pode configurar em tese violação da legislação aduaneira também pelo outro viajante, por falta de declaração e recolhimento dos tributos”.

O órgão também esclareceu que vai tomar providências para que o fato seja esclarecido.


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