Rosa Weber, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), fez um discurso nesta quarta-feira (8) com foco nos 30 dias posteriores aos atos golpistas que tiveram como alvo a Praça dos Três Poderes, no Distrito Federal.
A ministra iniciou a sua fala pontuando que o dia 8 de janeiro de 2023 deve ser sempre lembrado para que ataques antidemocráticos semelhantes nunca mais voltem a acontecer no país.
Ela ressaltou também que os ataques à democracia fizeram com que o "convívio harmonioso" entre os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo fosse intensificado.
"É preciso repisar que o vilipêndio às instalações dos três pilares da democracia – o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e essa Suprema Corte, longe de enfraquecer a nossa democracia constitucional, veio a conferir, mercê da solidariedade imediata de todos, maior intensidade ao convívio necessariamente harmonioso, exigência do próprio texto 2 constitucional, entre os Poderes que compõem o estado brasileiro", enfatizou.
A presidente da Corte, na sequência, destacou que a democracia não pode "sofrer qualquer transgressão", e que a manutenção das atividades do STF mesmo após os atos terroristas é a "resposta" ideal que o Judiciário poderia dar.
"Senhores ministros, em 2023, o Supremo Tribunal Federal, sempre com respeito à harmonia e à independência dos demais Poderes da República, continuará vigilante, não me canso de repisar, na incondicional defesa da supremacia da Constituição e da integridade da ordem democrática, em absoluta consonância, de resto, com a diretriz que erigi como norte da atual administração da Casa: a proteção da jurisdição constitucional e da integridade do regime democrático, ou, mais simplesmente, a defesa, diuturna e intransigente, da Constituição e do Estado Democrático de Direito", finalizou.
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