O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a dizer que a democracia está ‘de pé’ após os ataques de 8 de janeiro, em Brasília. Em seu discurso na abertura da sessão desta quarta-feira (8), Pacheco prometeu que os golpistas terão consequências severas e cobrou celeridade nas investigações.
A invasão aos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) completaram um mês nesta quarta. Pacheco ressaltou que os atos não serão esquecidos e lembrou que o fato fortaleceu a democracia brasileira.
“Esse episódio deplorável não será esquecido e produzirá consequências severas aos responsáveis. Como já disse, as instituições brasileiras não se eximirão de investigar e punir exemplarmente todos os criminosos envolvidos, direta ou indiretamente, naquela barbaridade”, disse Pacheco.
Ao todo, mais de 1,3 mil golpistas foram presos, além do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e policiais que atuaram na capital federal no dia da invasão aos prédios públicos. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por 90 dias.
O STF ainda investiga os financiadores dos acampamentos bolsonaristas, enquanto a Polícia Federal deve manter as operações Lesa Pátria.
Pacheco ainda exaltou funcionários do Senado que conseguiram restaurar obras e parte das instalações depredadas pelos golpistas.
“Todo o corpo de funcionários, liderados pela nossa diretoria geral, coordenou um trabalho de excelência para recuperar as instalações e reestabelecer as condições de trabalho. A engenharia do prédio está praticamente finalizada. Muitas obras danificadas foram restauradas”, disse.
Retomada dos trabalhos presenciais
Em seu discurso, o presidente do Senado voltou a dizer que quer a retomada dos trabalhos presenciais dos senadores. Alguns parlamentares votavam à distância desde 2020, quando a pandemia de Covid-19 obrigou que as votações fossem feitas remotamente.
“Somente será permitida a votação pelo aplicativo após o registro de presença do senador ou da senadora nas dependências físicas do Senado Federal”, afirmou.
Rodrigo Pacheco, porém, afirmou que manterá os discursos por videoconferência em caso de sessões especiais e debates temáticos. Depoimentos de autoridades e comissões para audiência pública também devem contar com participações remotas de senadores.