Anderson Torres presta depoimento à Polícia Federal nesta quarta

Ex-ministro de Jair Bolsonaro será ouvido hoje pela primeira vez pela PF, em Brasília, desde que foi preso no último sábado (14)

Anderson Torres foi ministro da Justiça de Bolsonaro
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil - 21/06/2022
Anderson Torres foi ministro da Justiça de Bolsonaro

Na manhã desta quarta-feira (18), o  ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres presta depoimento à Polícia Federal . Uma equipe da PF chegou ao local onde o ex-ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está preso, no 4º Batalhão da Polícia Militar do DF, no Guará, pouco antes das 10h30 de hoje.

Torres foi preso último sábado (14)  e será ouvido hoje pela primeira vez pela Polícia Federal. O advogado dele, Rodrigo Roca, também estará presente.

Ele é investigado por suposta omissão na contenção dos atos de vandalismo cometidos por bolsonaristas radicais nos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8 . No dia do ataque , Torres liderava a segurança pública do DF e estava de férias nos Estados Unidos.

A ordem de prisão contra o ex-secretário foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Após a decisão, Torres embarcou na noite do dia 13 de volta para o Brasil e foi detido ainda no Aeroporto de Brasília .

Durante mandado de busca e apreensão na casa do ex-ministro, a PF encontrou uma minuta de decreto para Bolsonaro instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) . A medida serviria para mudar o resultado das eleições de 2022 , o que pode ser considerado inconstitucional. 

Anderson Torres justificou dizendo que minuta estava em uma "pilha para descarte" e que o documento foi "vazado fora de contexto" .

"Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o  material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP", escreveu nas redes sociais.

"O citado  documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro", completou.

No sábado, ele  participou da audiência de custódia e o Ministério Público Federal defendeu a manutenção da prisão do aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro .

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