Pouco depois do início da ação, Torres afirmou que havia tomado as "providências imediatas". "Cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios. Determinei ao setor de operações da SSPDF providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília ", escreveu nas redes sociais.
Menos de uma hora após a publicação, o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), determinou a exoneração de Torres, que foi ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro (PL), do cargo .
Na madrugada desta segunda-feira (9), após determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, Ibaneis foi afastado do cargo por 90 dias .
Quem é Anderson Torres?
Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres havia sido nomeado secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no último dia 2.
Torres tem passagem pelos quadros da Polícia Civil, era delegado da Polícia Federal desde 2003 e tem a carreira familiarizada com as demandas de segurança na capital.
Durante o primeiro mandato de Ibaneis Rocha , atuou como secretário da pasta, entre 2019 e 2021. Ibaneis foi reeleito ao cargo no primeiro turno, nas eleições de outubro de 2022.
A demissão de Torres foi oficializada pelo governador nas redes sociais, pouco depois das 17h. "Estou em Brasília monitorando as manifestações e tomando todas as providências para conter a baderna antidemocrática na Esplanada dos Ministérios", escreveu.
"Determinei a exoneração do Secretário de Segurança DF, ao mesmo tempo em que coloquei todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis. Também solicitei apoio do governo federal e coloco o GDF à disposição do mesmo", continuou.
Após a exoneração do cargo ser anunciada , Torres, que está de férias na Flórida, nos Estados Unidos, disse que "viveu o dia mais amargo" da vida pessoal e profissional e classificou os episódios de vandalismo como "caso de insanidade coletiva".
Antes disso, a Advocacia-Geral da União também pediu a prisão de Torres ao Supremo , argumentando que os atos "importam prejuízo manifesto ao erário e ao patrimônio público e também causam embaraço e perturbação da ordem pública e do livre exercício dos Poderes da República, com a manifesta passividade e indício de colaboração ILEGAL de agentes públicos".
Em comunicado, Torres disse "lamentar profundamente" que sejam levantadas hipóteses de que ele foi conivente com as "barbáries" assistidas . "Estou certo que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seu responsáveis exemplarmente punidos", afirmou.
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