Juliana Cuchi Oliveira
, neta de uma idosa que teve a imagem utilizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL-RJ) em uma fake news
de morte em prisão feita pela Polícia Federal, ficou revoltada. Ela chamou o episódio de “nojento” e pediu que as pessoas denunciem as publicações.
A foto de Deolinda Tempesta Ferracini começou a viralizar nas redes sociais na noite da última segunda-feira (9). Bolsonaristas disseram que a idosa morreu em um dos espaços que a PF levou os terroristas que invadiram as sedes do Congresso Nacional, STF (Supremo Tribunal Federal) e Palácio do Planalto no último domingo (8).
Porém, a senhora morreu há três meses, com 80 anos, e os familiares passaram a enfrentar uma série de problemas por causa da mentira criada pelos apoiadores do ex-presidente.
“Estão pegando a foto da minha avó e falando fake news. Falando que ela morreu em um campo de concentração, coisas de política. (...) Por favor, se vocês virem, apenas denunciem. Eu estou muito chateada, muito mesmo. O banco de imagens da foto da minha avó não dá direito ao uso indevido. Já lutamos uma vez contra isso. (...) Agora, de novo”, solicitou Juliana.
“Estou denunciando tudo que estou vendo. E é isso, gente. Muito obrigado pela ajuda. Hoje faz três meses que ela morreu, e isso é muito triste”, acrescentou a neta de Deolinda.
A imagem da senhora faz parte de um banco de imagens do fotógrafo Edu Carvalho, de Campinas (SP), marido de Juliana. Ela morreu depois de ficar internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital de Vinhedo (SP), cidade que vivia.
Qual a fake news criada?
Nas mensagens compartilhadas, bolsonaristas afirmavam que Deolinda tinha falecido por culpa da Polícia Federal depois de ficar presa no acampamento golpista localizado em frente ao quartel-general do Exército em Brasília.
A fake news ganhou tanta força que a deputada federal Bia Kicis chegou a falar do assunto no plenário da Câmara dos Deputados.
Porém, pouco tempo depois, ela se retratou e disse que a Polícia Federal tinha negado o episódio. Inclusive, o órgão precisou soltar uma nota para desmentir a fake news.
“Estamos tentando avisar as pessoas, mas muitas desacreditam e ainda pedem para provar! Isso dói muito. Só vai saber quem sentir na pele um dia. Que isso acabe logo”, concluiu Juliana.
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