A ministra do Turismo
, Daniela Carneiro
(União Brasil), faz parte de um grupo político que mantinha policiais militares trabalhando clandestinamente na Prefeitura de Belford Roxo
, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, comandada por Wagner Carneiro
, o Waguinho, marido da chefe da pasta do governo Lula
(PT). A informação foi divulgada após uma investigação interna feita pela própria PM.
Segundo relatório da PM publicada em julho do ano passado, apontou que nove agentes – sete sargentos e dois cabos – atuavam em vários setores do município de maneira ilegal, já que não foram cedidos oficialmente pelo comando da Polícia Militar.
Os policiais militares foram nomeados a cargos comissionados em secretarias da cidade sem anuência ou conhecimento da PM. Os nove agentes seguiram trabalhando normalmente nos batalhões em que eram lotados e batiam ponto em Belford Roxo em seus horários de folga, o que não é permitido.
“Há indícios de cometimento de ato de Improbidade Administrativa pelo fato de (os policiais) terem acumulado o cargo na Prefeitura de Belford Roxo com o cargo de policial militar”, diz o relatório da investigação da corporação.
Os sargentos Claudio Marzo de Souza, Judimar Alves de Morais, Emerson Alves de Andrade, Adriano Macedo da Silva, Marcelo de Barros Dias, Tarcizio Ferreira Xavier e Clayton Gross Batinga e os cabos Luis Filippe de Jesus da Silva e Rafael da Fonseca Carvalho eram os policiais que trabalhavam ilegalmente na prefeitura.
O documento que relatou toda a investigação foi enviado para o Ministério Público. Os policiais poderão se defender das acusações por escrito antes de sofrerem qualquer punição administrativa.
Daniela Carneiro
A ministra do Turismo tem sofrido forte pressão por ter feito campanha em 2018 ao lado de Juracy Alves Prudêncio, o Jura, ex-sargento condenado por assassinar um adolescente de 16 anos, em 2007. Ele também é acusado de chefiar uma milícia em Belford Roxo (RJ), na Baixada Fluminense.
Jura está preso desde 2009, condenado de homicídio. O crime ocorreu em 2007 e a vítima Paulo Ricardo Soares da Silva, de 16 anos, foi morto a tiros em um bar em Nova Iguaçu.
Em comunicado à imprensa, Daniela declarou que “apoio político não significa que ela compactue com qualquer apoiador que porventura tenha cometido algum ato ilícito”.
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