Nesta terça-feira (20), o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) , Silvinei Vasques , foi exonerado do cargo, segundo publicação no Diário Oficial da União (DOU). Vasques deixou o posto a apenas 11 dias para o fim do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) .
O documento publicado hoje conta com a assinatura do ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira.
Vasques se tornou réu por improbidade administrativa por pedir votos para Bolsonaro durante as campanhas eleitorais deste ano, enquanto ocupava a liderança da PRF .
No inquérito, o Ministério Público Federal (MPF) chegou a entrar na Justiça pedindo o afastamento de Vasques do cargo , dizendo que os bloqueios feitos por manifestantes bolsonaristas contra o resultado das eleições contribuíram para o "clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores". Ele é acusado de prevaricar frente aos atos antidemocráticos registrados em todo o país .
Segundo o MPF , desde o início das campanhas, Vasques vinha usando as redes sociais para fazer postagens de cunho eleitoral e, nas vésperas do segundo turno, pediu explicitamente votos para o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro .
No pedido que também pedia o afastamento de Vasques, o MPF afirmou que "a figura fardada do diretor-geral é simbólica (está para, no lugar de) com relação à própria Polícia Rodoviária Federal. Tanto assim o é que são investigadas supostas operações policiais durante o pleito (número bem acima do usual) e inação durante os bloqueios (de dimensão nacional) das estradas após a divulgação do resultado".
Além disso, ele também é investigado pelo fato de que a cúpula da PRF estudava empenhar R$ 144 mil para pagar viagens de Vasques a Madri e Santiago a partir de dezembro.
A Polícia Federal também abriu um inquérito para apurar a conduta de Vasques.
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