O PSOL decidiu, neste sábado (17), compor a base do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara dos Deputados. A sigla resolveu liberar filiados para ocupar cargos mediante condições.
Por 53 votos a seis e uma abstenção,
a cúpula do partido aprovou uma resolução que costurou divergências internas, reafirmou o apoio a pautas sociais do novo governo e ressaltou o combate ao bolsonarismo.
"O PSOL não terá cargos na gestão que se inicia. Ainda assim, compreendemos que a indicação de Sônia Guajajara, como liderança do movimento indígena, para o Ministério dos Povos Originários é uma conquista de extrema importância para uma luta tão atacada por Bolsonaro e deve ser respeitada pelo partido", diz a resolução aprovada.
Os filiados que, no caso de convidados, optem por ocupar funções no governo federal devem se licenciar dos espaços de direção partidária, diz o texto. "A eventual presença nesses espaços não representa a participação do PSOL".
Em novembro, em meio aos anúncios de participação de quadros do PSOL na equipe de transição e a expectativa de ter a deputada federal eleita Sônia Guajajara como ministra dos Povos Originários, alas do partido começaram a manifestar sua indignação com a proximidade entre o partido e o PT.
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