O presidente nacional do PSOL
, Juliano Medeiros
, afirmou nesta segunda-feira (5) que torce para que o seu partido faça parte do governo eleito Luiz Inácio Lula
da Silva (PT). O posicionamento ocorreu horas depois da entrevista dada por Sâmia Bomfim
para a Folha de S.Paulo.
A deputada federal disse que existe uma maioria que defende a independência da legenda.
“O PSOL reunirá seu Diretório Nacional no próximo dia 17. Até lá teremos muitos debates sobre as tarefas do partido a partir de 1º de janeiro. Estou certo de que o PSOL não virará as costas para Lula e para o governo que ajudou a eleger. Vamos ajudar a reconstruir o Brasil!”, escreveu Juliano em seu perfil no Twitter.
Medeiros foi um dos principais articuladores para que o partido não lançasse candidatura à Presidência e apoiasse já no primeiro turno Lula. Também trabalhou para que Guilherme Boulos (PSOL) concorresse a deputado federal, abrindo mão da corrida pelo governo paulista.
A expectativa da cúpula do PT é que os psolistas estejam na base governista e ocupem ministérios. Sônia Guajajara, por exemplo, é a favorita para chefiar o Ministério dos Povos Originários. Boulos também é cotado para ser ministro das Cidades, mas disputa a vaga com Márcio França (PSB).
As lideranças do PSOL irão se reunir em 17 de dezembro para bater o martelo qual caminho seguirão a partir de 2023. Lula já sinalizou que é necessário que os psolistas estejam ao seu lado pelos próximos quatro anos.
Sâmia Bomfim cria polêmica
Sâmia deu entrevista para a Folha de S.Paulo e defendeu a independência do PSOL no Congresso Nacional. Ela relatou que a maioria da sigla optará por não fazer parte do governo petista.
“A gente quer ter liberdade para se posicionar como o PSOL sempre se posicionou, como a ala à esquerda no Congresso Nacional, e vocalizar pautas que a gente sabe que ninguém vai pautar”, relatou nesta segunda.
Ela relatou que, além dela, os deputados federais Talíria Petrone (RJ), Glauber Braga (RJ) e Fernanda Melchionna (RS), e a vereadora e deputada federal eleita Erika Hilton (SP) são favoráveis a independência.
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