Guilherme Boulos
Reprodução: Flickr - 24/05/2022
Guilherme Boulos

O deputado federal por São Paulo, Guilherme Boulos ( PSOL ), rebateu Sâmia Bomfim nesta segunda-feira (5) e defendeu que o partido esteja na base do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele afirmou que a oposição será feita pelos bolsonaristas e “não dá para brincar com isso”.

Mais cedo, a deputada declarou que a maioria dos psolistas vai votar pela independência do partido no Congresso Nacional.  Em entrevista dada para a jornalista Mônica Bergamo, o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) relatou que a posição de Sâmia “é uma opinião dela”.

Na avaliação do deputado mais votado no estado paulista, o PSOL precisa fazer parte do governo eleito. “Quem vai fazer oposição ao Lula é o bolsonarismo, e não estaremos ao lado deles. O momento do país é outro. Enfrentamos uma oposição raivosa. E não dá para brincar com isso”, disse.

No próximo dia 17, lideranças da agremiação irão se reunir para votar qual caminho seguirão a partir do dia 1° de janeiro de 2023. Durante a entrevista, Boulos deixou claro qual será o seu posicionamento no encontro.

“Eu defendo que o PSOL integre a base de apoio ao Lula. O governo será de frente ampla, e nós temos que disputar internamente espaços para puxar a agenda do país para a esquerda”, resumiu.

O início da polêmica

Sâmia deu entrevista para a Folha de S.Paulo e defendeu a independência do PSOL no Congresso Nacional. Ela relatou que a maioria da sigla optará por não fazer parte do governo petista.

“A gente quer ter liberdade para se posicionar como o PSOL sempre se posicionou, como a ala à esquerda no Congresso Nacional, e vocalizar pautas que a gente sabe que ninguém vai pautar”, relatou nesta segunda.

Ela relatou que, além dela, os deputados federais Talíria Petrone (RJ), Glauber Braga (RJ) e Fernanda Melchionna (RS), e a vereadora e deputada federal eleita Erika Hilton (SP) são favoráveis a independência.

Juliano Medeiros rebateu

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, também se manifestou.  Ele demonstrou ser favorável que a sigla esteja no governo Lula.

“O PSOL reunirá seu Diretório Nacional no próximo dia 17. Até lá teremos muitos debates sobre as tarefas do partido a partir de 1º de janeiro. Estou certo de que o PSOL não virará as costas para Lula e para o governo que ajudou a eleger. Vamos ajudar a reconstruir o Brasil!”, escreveu Juliano em seu perfil no Twitter.

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