O vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos) criticou a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ), Alexandre de Moraes , que negou o pedido do PL para anular parte dos votos do segundo turno das eleições de outubro deste ano .
O ministro ainda aplicou uma multa de R$ 22,9 milhões à coligação Pelo Bem do Brasil, do presidente Jair Bolsonaro (PL) .
“Vive-se hoje, nacionalmente, uma polêmica justificada em função da questão das urnas eletrônicas e das ações contundentes e exacerbadas do TSE”, escreveu Mourão no Twitter.
E acrescentou: “O recente recurso do PL, protocolado mais de 20 dias depois da proclamação oficial das eleições, não dá ao TSE o direito de rejeitá-lo peremptoriamente e extrapolar, mais uma vez, por intermédio de uma multa absurda e inclusão dos demandantes em inquérito notadamente ilegal.”
Mourão também criticou o encontro de Moraes com comandantes das polícias militares para discutir operações durante as eleições.
Para o futuro senador, a reunião “materializa o ápice do autoritarismo e ferindo de morte o Pacto federativo”. Ele afirmou ainda que é hora “da direita conservadora se organizar para combater a esquerda revolucionária”.
“Hoje, rumamos para um precipício. Assim, é chegada a hora da direita conservadora se organizar para combater a esquerda revolucionária. Necessário é reagir com firmeza, prudência e conhecimento; dentro dos ditames democráticos e restabelecer o Estado Democrático de Direito no Brasil”, escreveu Mourão.
Decisão de Moraes
Moraes ordenou ainda que a Corregedoria-Geral Eleitoral abra uma investigação para apurar a responsabilidade de Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, em um possível caso de desvio de finalidade na utilização da estrutura partidária para promover a ação.
"A total má-fé da requerente em seu esdrúxulo e ilícito pedido, ostensivamente atentatório ao Estado Democrático de Direito e realizado de maneira inconsequente com a finalidade de incentivar movimentos criminosos e anti-democráticos que, inclusive, com graves ameaças e violência vem obstruindo diversas rodovias e vias públicas em todo o Brasil, ficou comprovada, tanto pela negativa em aditar-se a petição inicial, quanto pela total ausência de quaisquer indícios de irregularidades e a existência de uma narrativa totalmente fraudulenta dos fatos", enfatizou o ministro no despacho.
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