Nesta sexta-feira (18), Aloizio Mercadante
(PT) declarou que o ministro da Defesa
do governo Lula
será um civil. O coordenador das equipes de transição
afastou a chance de ter um militar no comando da pasta ao conversar com jornalistas na sede do Centro Cultural Banco do Brasil
( CCBB
) em Brasília.
“O presidente [Lula] já disse isso publicamente, que o ministro da Defesa será um civil. Foi no governo dele e será [no novo mandato]”, afirmou o ex-ministro, que também contou que o grupo de transição do setor será comunicado no começo da próxima semana.
"Acho que está muito bem construído o grupo. Pela composição do grupo, pela representatividade, pela estatura das pessoas que vão participar, vai ser uma excelente solução", declarou, referindo-se que o principal objetivo da equipe é dialogar com as Forças Armadas.
O Ministério da Defesa surgiu em 1999 no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). FHC nomeou civis para comandarem a pasta. Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) seguiram a tradição do antecessor tucano.
Tudo mudou com a chegada de Michel Temer (MDB). Em 2018, o ex-governante escolheu um militar para ser responsável pelo ministério. Ao longo dos quatro anos de Jair Bolsonaro (PL), a Defesa sempre esteve ocupada por um militar.
Ricardo Lewandowski foi cogitado para o cargo
Aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apostavam que Ricardo Lewandowski iria antecipar sua aposentadoria para o primeiro trimestre do ano que vem. A expectativa era que o petista convidasse o magistrado do Supremo Tribunal Federal para cuidar da pastar da Defesa. Porém, para pessoas próximas, o ministro disse que não fará parte da futura gestão.
O desejo de não aceitar um cargo no governo Lula foi dito publicamente. Ao conversar com jornalistas, ele chegou a dizer que o “futuro a Deus pertence”. No entanto, em outro momento, garantiu que seu único objetivo é aproveitar a aposentadoria ao lado da família.
“Li pelos jornais [o interesse de Lula para tê-lo como ministro da Defesa], mas minha expectativa é cuidar dos netos. Fora de cogitação, até porque não fui convidado”, explicou.
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