O ex-governador do Maranhão
e senador eleito Flávio Dino
(PSB) defendeu que as áreas de Justiça
e Segurança Pública
trabalhem em conjunto no governo de Luiz Inácio Lula
da Silva (PT). Em entrevista para jornalistas no CCBB
( Centro Cultural Banco do Brasil
), em Brasília, ele explicou quais motivos o fazem ser favorável a união dos dois setores.
“Tecnicamente, eu sempre defendi o modelo de integração porque eu fui juiz federal criminal, aqui em Brasília inclusive, e sei que só existe política pública de segurança integrada com Justiça e em diálogo com as instituições com os outros poderes”, comentou.
Na avaliação de Dino, as duas áreas precisam estar caminhando juntas para poder ter políticas públicas eficientes. Ele deixou claro que os dois setores podem ter ministérios diferentes, no entanto, é necessário que os ministros dialoguem com frequência para estarem sempre alinhados.
O ex-governador do Maranhão contou aos jornalistas que o debate sobre a junção ou não das duas pastas dura há mais de 20 anos. Porém, ele destacou que a decisão de como o tema será organizado será do presidente eleito Lula.
“Claro, a integração pode se dar com 2 ministérios? Pode. Agora, separar no sentido de imaginar que são funções estanques é um equívoco metodológico, equívoco político e conduz à ineficiência”, falou.
Flávio Dino tem sido cotado para ser ministro de Lula no ministério de Justiça e Segurança Pública. Caso as duas áreas fiquem independentes, a tendência é que o senador eleito cuide do ministério da Justiça, abrindo espaço para outro nome na Segurança Pública.
Nesta quinta-feira (17), o ex-governador, que faz parte da equipe de transição, se encontrará pela primeira vez com o atual ministro da pasta, Anderson Torres. A reunião está marcada para acontecer às 15h.
O núcleo conversará sobre diversos assuntos, como políticas públicas, crimes virtuais, segurança nas penitenciárias, segurança nas florestas brasileiras, os recursos para o setor, entre outros.
A segurança da Amazônia
Flávio Dino demonstrou preocupação em relação ao assunto. Na visão dele, é preciso aumentar a presença de agentes para impedir o desmatamento e outros crimes ambientais.
“Na medida em que o presidente Lula assume perante o mundo o compromisso de redução ou eliminação do desmatamento até 2030, isso significa que a presença das forças de segurança na Amazônia tem que se ampliar”, relatou.
“É uma consequência lógica: compromissos internacionais e nacionais que o governo federal assume em relação ao meio ambiente e em relação a Amazônia implicam necessariamente maior presença física das forças de segurança na Amazônia”, concluiu.
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