Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) seguem sendo perseguidos por bolsonaristas em Nova York. Eles estão nos Estados Unidos para participar do Lide Brazil Conference.
Nesta terça-feira (15) o alvo foi, mais uma vez, Luís Roberto Barroso. Um vídeo compartilhado nas redes sociais de Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira, mostra Alexandre de Moraes e Barroso caminhando rumo ao Harvard Club of New York, onde acontece a conferência.
Um homem, então, começa a fazer questionamentos aos ministros que, inicialmente, não reagem às perguntas do bolsonarista. Contudo, o rapaz insiste por alguns segundos em questões relacionadas ao relatório das Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas.
"O senhor vai responder as Forças Armadas? O senhor vai deixar o código fonte ser exposto? O Brasil precisa dessa resposta, ministro. Por favor, Barroso, responde pra gente", diz o homem.
Na sequência Barroso perde a paciência e responde. "Perdeu, mané. Não amola". Ele e Moraes seguem caminhando e entram no local onde têm um compromisso.
Ataques a ministros
Além de Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowisk também foram atacados. Dias Toffoli e Cármen Lúcia também estão em Nova York.
O presidente do TSE foi xingado enquanto estava em um restaurante na cidade norte-americana. Em um dos vídeos compartilhado nas redes sociais, o ministro é abordado por um brasileiro, que acusa Moares de estar gastando o "dinheiro do povo brasileiro".
Ao final do vídeo, o homem xinga o ministro do Supremo de "vagabundo" e comemora com outras pessoas que estão fora do restaurante.
Já Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowisk foram hostilizados no momento em que estavam saindo do hotel onde estavam hospedados em NY . Gilmar Mendes, de 66 anos, foi xingado por brasileiros que usaram palavras de baixo calão, como “filho da puta”, “bandido” e “velho de merda”. Logo em seguida, na saída de Lewandowski os xingamentos se repetem.
O STF emitiu um comunicado condenando os ataques que os minitros da Corte vêm sofrendo em Nova York. O texto, assinado por Rosa Weber, ressalta que a democracia é incompatível com os registros de intolerância que estão circulando nas redes sociais.
"O Supremo Tribunal Federal repudia os ataques sofridos por ministros da Corte, em Nova Iorque. A democracia, fundada no pluralismo de ideias e opiniões, a legitimar o dissenso, mostra-se absolutamente incompatível com atos de intolerância e violência, inclusive moral, contra qualquer cidadão", disse a nota.
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