José Siripieri é fundador da Qualicorp, operadora de planos de saúde coletivos
Reprodução/redes sociais
José Siripieri é fundador da Qualicorp, operadora de planos de saúde coletivos


A viagem do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Egito , na última segunda-feira (15), para participar da COP27 , está sendo alvo de uma polêmica que envolve o jatinho utilizado para o deslocamento.

Isso porque a aeronave em questão, do modelo Gulfstream G600, pertence a José Seripieri Junior, amigo do petista e um empresário muito conhecido no setor dos planos de Saúde.  A viagem no avião teria sido uma carona a Lula, dado que Junior também viajou para o país africano.

Seripieri ganhou notoriedade ao fundar, em 1997, a Qualicorp, empresa que hoje é referência na área de operação de planos de saúde coletivos. Ele se desligou da empresa em 2019, quando fundou a Qsaúde, operadora de planos de saúde a planos populares.


Amizade com Lula

Lula e José se conhecem há mais de uma década. Em 2010, quando o petista deixou a Presidência após dois mandatos, ele começou a frequentar uma casa do empresário localizada em Angra dos Reis.

O fundador da Qualicorp, inclusive, foi um dos 200 convidados que compareceu ao casamento de Lula e Janja, que aconteceu em São Paulo, no dia 18 de maio deste ano. 

Outro símbolo da proximidade de Seripieri com o presidente eleito foram as doações realizadas para a campanha do petista ao longo da corrida eleitoral. Dados do TSE apontam que foram realizadas duas transferências por parte do empresário.

A primeira delas foi destinada ao Diretório Nacional do PT, foi feita no dia 27 de setembro e teve o valor total de R$ 660 mil. A segunda foi realizada exatamente um mês depois, teve como destino o próprio Lula e foi no valor de R$ 500 mil.

Prisão em 2020

Um fator que chama atenção na trajetória de José Siripieri é sua prisão, que aconteceu em 2020. A operação da Lava-Jato denominada Paralelo 23 investigava supostos pagamentos ilícitos à campanha do senador José Serra.

A Polícia Federal prendeu Junior no dia 21 de julho e ficou detido até o dia 24, quando a Justiça de São Paulo decretou a soltura do empresário. Uma vez liberado, ele fechou um acordo de delação premisada junto ao Ministério Público. 

Ele também aceitou pagar um valor total de R$ 200 milhões aos cofres públicos. O processo corre em segredo de Justiça e não foi concluído até hoje. 

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