Flávio Bolsonaro
(PL) tem trabalhado nos bastidores
para evitar que seu pai, presidente Jair Bolsonaro
(PL), radicalize sobre os resultados das urnas eletrônicas. O senador vem dialogando com lideranças do Centrão
, como Ciro Nogueira
(PP), para segurar o ímpeto do chefe do executivo federal. Tal comportamento o colocou contra seus dois irmãos: Eduardo (PL) e Carlos (Republicanos).
Segundo apurou o Portal iG, o deputado federal e o vereador do Rio de Janeiro defendem que o pai passe a questionar o sistema eleitoral. Também é desejo dos 02 e 03 que o mandatário demonstre apoio às manifestações tratadas pelo Supremo Tribunal Federal e a ala de política de antidemocráticas.
Só que Flávio é contrário a radicalização. O senador enxerga que o melhor caminho para Bolsonaro é manter uma linha mais calma e política. De acordo com o parlamentar, quando o pai escutou mais os aliados do Centrão, conseguiu diminuir sua rejeição e se aproximar do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Um dos argumentos usado pelo senador é o fato de Bolsonaro ter ficado muito próximo de virar o jogo na última semana. Porém, a rejeição voltou a crescer, principalmente entre mulheres, quando ocorreu o episódio do Roberto Jefferson (PTB). A “tampa do caixão” acabou sendo a polêmica envolvendo a Carla Zambelli (PL).
Flávio tem dito nos bastidores que o discurso inflamado precisa acontecer em pontos específicos e não o tempo todo. Ele avalia que o brasileiro em geral cansou de tantas brigas e isso foi um dos motivos que levou Lula a retornar ao Palácio do Planalto.
Com o apoio de Ciro Nogueira e Arthur Lira, o senador é quem mais tem dado conselhos para o pai. Até o momento, Bolsonaro tem concordado com maior frequência com o filho mais velho.
Eduardo e Carlos discordam do irmão
Carlos sempre teve discordâncias de Flávio, no entanto, durante a eleição conseguiram se entender por alguns momentos e decidiram que cada um teria espaços diferentes para comandar na campanha.
Carlos defende que o pai faça críticas ao Judiciário, mas tenha cuidado com o discurso para não ser perseguido. Ele quer que Bolsonaro incentive seus apoiadores a seguirem com os protestos, mas de maneira sutil.
Já Eduardo quer a radicalização. Ele acredita que isso neutralizará o Supremo, que não terá coragem de colocar o pai na cadeia.
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