O Ministério da Defesa informou, nesta segunda-feira (7), que entregará no dia 9 de novembro o relatório sobre a fiscalização das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições realizadas em outubro deste ano.
Em nota, a pasta destacou que o documento que será entregue ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vai conter dados coletados e analisados por técnicos militares das Forças Armadas .
“O Ministério da Defesa informa que, no próximo dia 9 de novembro, quarta-feira, será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas ”, informou o ministério em comunicado.
No dia 19 de outubro, a Defesa já tinha informado o tribunal eleitoral que entregaria o relatório após a realização do segundo turno do pleito eleitoral. Um dia antes, Alexandre de Moraes, presidente do TSE , havia determinado a entrega do relatório em uma prazo de 48 horas.
"Ressalta-se que as ações de fiscalização vêm sendo executadas de acordo com os acessos disponibilizados pela Justiça Eleitoral. Diante do exposto, a emissão de um relatório parcial, baseado em fragmentos de informação, pode resultar-se inconsistente com as conclusões finais do trabalho, razão pela qual não foi emitido", argumentou o ministério para não ter disponibilizado o documento na data exigida.
Moraes emitiu a determinação após o Rede Sustentabilidade ter aberto uma queixa de que o relatório havia sido entregue a Bolsonaro, confirmando a confiabilidade das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral .
Análise do TCU
O ministro Bruno Dantas informou, um dia após a finalização do pleito eleitoral, que o Tribunal de Contas da União (TCU) não encontrou nenhuma divergência na análise feita nos boletins de urna do primeiro e do segundo turno.
"Tenho a convicção de que, mais uma vez, o tribunal cumpriu seu papel institucional com louvor, assegurando lisura e credibilidade ao processo eleitoral", disse em sessão plenária.
A auditoria é realizada a partir da comparação das informações dos boletins de urna com os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Os auditores do TCU analisaram 4.161 boletins de urna do primeiro turno das eleições. O tribunal aponta que aproximadamente 5,8 milhões de informações foram comparadas e não foi encontrada nenhuma divergência. A amostra foi selecionada de maneira aleatória e entregue fisicamente pelo TSE.
No segundo turno , a equipe analisou 604 versões digitais de boletins de urna. Elas foram coletadas no dia da eleição por 54 auditores distruibuídos em todas as capitais do país e nenhuma divergência foi encontrada.
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