A imprensa internacional repercutiu e deu grande destaque à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais brasileiras , neste domingo (30). Lula venceu a disputa pela presidência com 50,90% dos votos válidos - enquanto seu adversário, Jair Bolsonaro (PL), foi derrotado com 49,10%.
Financial Times
Um "histórico retorno": é assim que o jornal americano Financial Times chamou a eleição do petista.
"O resultado apertado encerra uma reviravolta dramática para Lula, que cumpriu dois mandatos como presidente entre 2003 e 2010, mas foi posteriormente acusado de corrupção. Ele cumpriu pena na prisão por corrupção antes de suas condenações serem anuladas", diz o jornal.
The New York Times
O jornal norte-americano The New York Times colocou a vitória de Lula na primeira página. "Brasil elege Lula, um ex-líder esquerdista, em reprovação a Bolsonaro", diz a manchete.
"Os eleitores destituíram o presidente Jair Bolsonaro após um mandato e elegeram o presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva para substituí-lo, disseram as autoridades. A vitória completa um renascimento político impressionante para da Silva (Lula) e encerra o período turbulento de Bolsonaro como o líder mais poderoso da região", diz o New York Times.
The Guardian
O jornal inglês The Guardian considerou a vitória de Lula (PT) "a mais importante eleição em décadas".
"O ex-presidente de esquerda do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, selou um retorno político surpreendente, derrotando o titular de extrema-direita Jair Bolsonaro em uma das eleições mais significativas e contundentes da história do país", escreveu.
"Com 99% dos votos apurados, Silva, ex-operário fabril que se tornou o primeiro presidente da classe trabalhadora do Brasil há exatamente 20 anos, obteve 50,8% dos votos. Bolsonaro, um 'incendiário' eleito em 2018, recebeu 49,1%", diz o jornal britânico.
Time
A revista americana Time ressaltou a pequena diferença entre os dois candidatos, apontando que "Lula vence por pouco a eleição de alto risco do Brasil, acabando com a presidência de extrema direita de Bolsonaro".
Le Monde
O jornal francês Le Monde destaca que Bolsonaro (PL) é o primeiro presidente candidato a um segundo mandato que não é reeleito desde a volta à democracia em 1985.
O Le Monde também comenta um "temor" a respeito do que seria uma "réplica brasileira do ataque ao Capitólio após a derrota de Donald Trump que poderia atingir, por exemplo, o Supremo Tribunal tantas vezes vilipendiado por Bolsonaro."
BBC
"O esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva disse que iria 'melhorar a vida das pessoas' em todo o Brasil - mas o que exatamente isso significa?", disse a britânica BBC . Depois dessa pergunta, a rede de rádio e televisão do Reino Unido listou algumas das promessas de Lula (PT) em cinco eixos: "salários e impostos", "serviços públicos e desemprego", "jovens", "insegurança alimentar e pobreza".
Ao falar do esforço de Lula para "melhorar a diferença salarial entre homens e mulheres no Brasil", a BBC citou o apoio de Simone Tebet (MDB), candidata à presidência no primeiro turno que participou da campanha do petista no segundo turno.
CNN
A rede de televisão americana CNN apontou para o país que Lula (PT) irá governar quando assumir o cargo em 1º de janeiro.
"Lula da Silva (PT) assumirá as rédeas de um país assolado por uma grande desigualdade que ainda luta para se recuperar da pandemia de Covid-19. Aproximadamente 9,6 milhões de pessoas caíram abaixo da linha da pobreza entre 2019 e 2021, e as taxas de alfabetização e frequência escolar caíram. Ele também enfrentará uma nação profundamente fraturada e questões ambientais urgentes, incluindo o desmatamento desenfreado na Amazônia" , diz a CNN.
El País
"Lula volta ao poder em um Brasil dividido", diz o jornal espanhol El País . Para o jornal, "a derrota de Bolsonaro contém uma valiosa lição sobre como proteger a democracia".
O jornal ainda ressaltou o fato de, agora, o Brasil estar entre os países da América Latina liderados por progressistas.
"Com Lula, espera-se que o Brasil retorne com força ao cenário internacional, ainda mais impulsionado por uma América Latina que está culminando em sua virada à esquerda. Com o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) no comando do Brasil, pela primeira vez na história, as cinco principais economias da região serão governadas por progressistas", diz.
Wall Street Journal
Para o The Wall Street Journal , "a vitória do ex-presidente de esquerda marca um retorno extraordinário para um homem que estava preso por corrupção há três anos".
Clarín
Para o jornal argentino Clarín , Lula chega ao poder "ao final de uma campanha agressiva, em um clima histórico de polarização".
The Washington Post
O The Washington Post destaca que esse será o "terceiro mandato" de Lula (PT), que governou o país entre 2003 e 2010 e que agora derrotou "o presidente trumpiano do Brasil em um notável retorno político cerca de três anos depois que ele saiu de uma cela de prisão".
A vitória de Lula (PT), para o jornal americano, "devolve um titã esquerdista do Sul Global ao cenário mundial, onde sua voz progressista contrastará fortemente com a da direita".
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