Fabio Wajngarten , chefe de comunicação da campanha do candidato às eleições 2022 Jair Bolsonaro (PL) , disse que os dados acerca das supostas falhas em inserções de rádio são confiáveis. Com isso, ele ainda diz que a equipe de Bolsonaro não irá aceitar tais desigualdades na disputa.
Em entrevista a Jovem Pan, Wajngarten diz que a equipe e ele "quer uma condição igualitária dentro do processo eleitoral democrático. A gente não aceitará condição desigual. Esse é o pleito da ação proposta no TSE [Tribunal Superior Eleitoral] ", sendo a decisão tomada sob uma "sucessão de equívocos de interpretação".
"As campanhas são responsáveis por enviar os mapas de mídia e, todas as rádios com licença ativa na Anatel, deveriam estar plugadas no pool. O que queremos saber é o nível de qualidade de serviço ao longo do processo eleitoral, se todas as rádios [com registro] na Anatel estão dentro do pool e se baixaram os respectivos planos de mídia diariamente, bem como os filmes. Isso não é atribuição das campanhas, é do TSE"
Caso das inserções
Nos últimos dias, a defesa de Bolsonaro alegou que empresas de rádio haviam deixado de veicular cerca de 154 mil inserções de propaganda eleitoral do candidato. As regiões atingidas eram a Norte e Nordeste, e, segundo os advogados, isso estaria favorecendo o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva .
O TSE informou que as inserções são de responsabilidade do pool de emissoras, sendo necessário encaminhar as informações para os veículos, que em seguida devem se planejar para acessar o conteúdo e cumprir a lei com a divulgação do material.
Com isso, Wajngarten disse que os conteúdos produzidos para a campanha de Bolsonaro foram enviados ao pool , tendo o comprovante das transações . "Nós cumprimos todas as obrigações legais de entrega do material desde o início da autorização para a propaganda eleitoral gratuita, em 16 de agosto."
O chefe de comunicação ainda reiterou que a ação não tinha como objetivo tumultuar, dizendo que tem trabalhado de "forma cautelosa, profissional, técnica, com duas empresas renomadas", além de completar que tais auditorias são "comum no ecossistema do mercado publicitário".