Lula durante coletiva de imprensa em Recife
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Lula durante coletiva de imprensa em Recife

O candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva , afirmou, nesta sexta-feira (14), durante coletiva de imprensa em Recife , que uma solução para o combate à fome no Brasil é criar estoques reguladores de alimentos para liberação em períodos de aperto na oferta.

Na coletiva, onde participa de atividades de campanha ao lado da candidata a governadora Marília Arraes (Solidariedade) , o ex-presidente destacou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fez políticas semelhantes nos oito anos de seu governo.

Para Lula, a fome no Brasil não é falta de dinheiro, mas "falta de vergonha" de quem o governa. "Você pode facilitar o aumento da produção agrícola, sobretudo com pequeno e médio produtor rural. Você pode fazer estoque e, fazendo estoque, controlar o preço. Vai colocar mais produto no mercado quando o preço estiver alto. Fizemos isso, a Conab era uma coisa importante no meu governo. Na Conab a gente guardava uma espécie de estoque regulador", afirmou o candidato ao Palácio do Planalto.

Na coletiva, Lula ainda prometeu que, se eleito, irá fortalecer cooperativas agrícolas. "Vamos criar crédito e ao mesmo tempo uma espécie de seguro, fundo, para que se a pessoa quebrar você possa com aquele fundo cobrir as necessidades da pessoa", seguiu o petista, que busca fortalecer as pontes com o agronegócio, bastante ligado ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

Disputa em Pernambuco


Lula agradeceu publicamente o apoio do PSB à candidatura ao governo de Pernambuco de Marília Arraes (Solidariedade) e tentou colocar panos quentes nas brigas entre a aliada e o prefeito de Recife, João Campos.

Os primos romperam definitivamente ao se enfrentarem na disputa pela prefeitura da capital pernambucana em 2020, quando João saiu vitorioso em uma eleição marcada por forte acirramento político e trocas de fake news. Lula é um dos fiadores da reaproximação entre João e Marília neste segundo turno, após o PSB, com apoio do PT, ficar em quarto lugar na disputa pelo governo do Estado com Danilo Cabral na cabeça de chapa.

"O PSB tomou a decisão correta. Pode ter tido briga, mas a relação deles é sanguínea", afirmou Lula na coletiva de imprensa em Recife, antes de participar de ato público com Marília e João Campos pelas ruas da cidade. "Queria agradecer de coração a decisão de vocês de apoiar a companheira Marília no segundo turno", seguiu o petista, que voltou a destacar a união com o ex-adversário político Geraldo Alckmin (PSB) para justificar o que chama de "união de divergentes para vencer os antagônicos".

Ao discursar, Marília Arraes agradeceu ao PSB e disse que a aliança passa por cima de qualquer divergência com o objetivo de "reconstruir o Brasil" e "retomar o crescimento" de Pernambuco. Ela, contudo, alfinetou João Campos ao voltar a chamá-lo de jovem, estratégia utilizada na campanha de 2020.

"Eu quero fazer agradecimento público ao prefeito João Campos, que tão jovem teve discernimento a favor da democracia e a favor de um governo progressista em Pernambuco", afirmou a candidata a governadora, que já foi filiada ao PT e ao PSB antes de entrar no Solidariedade.

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*Com informações de Estadão Conteúdo.

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