Xuxa e Damares Alves
Reprodução/montagem iG - 13/10/2022
Xuxa e Damares Alves

A apresentadora Xuxa Meneghel divulgou um abaixo-assinado pedindo a cassação do mandato da senadora eleita com 44,98% dos votos, Damares Alves (Republicanos-DF) . A petição já conta com mais de 600 mil assinaturas.

O abaixo-assinado ocorre após uma fala de Damares durante um culto religioso, realizado no dia 08/10.  Ela afirmou que houve casos de abuso sexual infantil e tráfico de crianças , que teriam acontecido na Ilha de Marajó (PA).

Xuxacompartilha pedido de cassação do mandato de Damares Alves
Reprodução: Instagram - 13/10/2022
Xuxacompartilha pedido de cassação do mandato de Damares Alves

Além de Xuxa, outros famosos como a atriz Patricia Pillar e os jornalistas Xico Sá e Marcelo Tas também divulgaram a petição.

A ex-ministra disse, durante o culto em Goiânia, que crianças da Ilha de Marajó estavam sendo traficadas e tinham os dentes “arrancados pra elas não morderem na hora do sexo oral”. Ela também afirmou que eles só se alimentam de “comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”. 

Na segunda-feia (10), o Ministério Público Federal (MPF) encaminhou ofício à atual secretária executiva do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) , Tatiana Barbosa de Alvarenga, solicitando informações sobre todo os detalhes dos supostos crimes sexuais cometidos contra crianças no Marajó, arquipélago do nordeste do Pará.

“Membros do MPF no Pará pedem à Secretaria-Executiva do MMFDH que apresente os supostos casos descobertos pelo ministério, indicando todos os detalhes que a pasta possua, para que sejam tomadas as providências cabíveis”, afirma a nota do MPF.

Nesta quinta-feira (13), o ministro Ricardo Lewandowski , do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Justiça Federal do Pará decida se irá abrir ou não uma investigação contra as declarações da ex-ministra Damares Alves .

Segundo o ministro, a investigação não cabe a Corte porque Damares abdicou do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para concorrer as eleições de 2022. Sendo assim, ela não tem mais o foro privilegiado.

A denúncia contra a ex-ministra foi apresentada ao STF pelo grupo chamado "Prerrogativas", que pediu a abertura de um inquérito e inquérito e a determinação de medidas investigatórias para apuração de suposto crime de prevaricação por parte da ex-ministra e por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) .

Segundo Damares, ela e o chefe do Executivo já sabiam há um tempo sobre os abusos e a violência que as crianças do Pará teriam sofrido. 

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