Campanha de Lula vem investindo em resgatar declarações polêmicas antigas dadas por Bolsonaro
Ivonete Dainese
Campanha de Lula vem investindo em resgatar declarações polêmicas antigas dadas por Bolsonaro

As campanhas eleitorais dos presidenciáveis que vão ao ar na TV aberta nesta segunda-feira (10) têm apelos diferentes. Enquanto a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) cessou os ataques diretos ao ex-presidente Lula para tentar conquistar votos no Nordeste, onde a diferença para o adversário é maior, o petista seguirá com a tática de ataque.

Para produzir a peça que vai ser divulgada em breve, a equipe da campanha do ex-presidente resgatou mais uma entrevista polêmica do atual chefe de Estado, em que ele revela que deixou a ex-mulher Ana Cristina Valle decidir se abortaria seu quarto filho, Jair Renan. Em declaração dada à revista IstoÉ Gente , em 2000, Bolsonaro defende que a decisão sobre um aborto "tem que ser do casal". Questionado se já alguma vez teve que discutir a questão com uma parceira, ele afirma que sim.

"Já. Passei para a companheira. E a decisão dela foi de manter. Está ali, ó", respondeu Bolsonaro, que ainda apontou para uma foto de Jair Renan.

Com base nessa declaração, a propaganda eleitoral chama o presidente de "mentiroso": "Bolsonaro é mentiroso. Ele diz uma coisa, mas faz outra. Em uma entrevista ele já defendeu o aborto de um de seus filhos", diz um dos atores da peça publicitária. O chefe do Estado se diz um defensor da "vida desde a sua concepção" e já foi contra a interrupção da gravidez até em casos de estupro, como o da menina de 11 anos estuprada em Santa Catarina, que veio à tona em junho deste ano.

A campanha de Lula vem investindo em resgatar declarações polêmicas antigas dadas por Bolsonaro como estratégia para aumentar a rejeição do presidente e atrair votos para petista. A última propaganda veiculada na TV, antes dessa que vai ao ar nesta segunda, exibiu trechos de uma entrevista concecida pelo presidente ao jornal americano New York Times , em 2017,  que o associa à prática de canibalismo . Na ocasião, ele alegou que "comeria um índio sem problema nenhum". No último sábado (8), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o vídeo fosse retirado do ar .

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