A candidata ao governo
de Minas Gerais
Lorene Figueiredo (PSOL) rebateu um de seus adversários, Carlos Viana (PL), em uma discussão sobre diversidade
, durante o debate
exibido pela TV Globo
na terça-feira (27). Na ocasião, eles discutiam a inclusão do tema sobre orientação sexual nas escolas.
Lorene afirmou que há muitos políticos conservadores dentro do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas e Viana admitiu que se encontra dentro desse enquadramento. Ele disse respeitar todas as pessoas, mas acredita que as pessoas não deveriam ser "separadas" por etnia ou orientação sexual.
"O primeiro passo na questão da diversidade, a meu ver, é a competência. Não interessa se a pessoa é branca, negra, amarela, se tem opção sexual diferente ou não. O mais importante é termos condição de entender se vai executar um bom trabalho e ser respeitada na opção dela. Não adianta querermos fazer separações na sociedade", afirmou.
Em seguida, o candidato disse que o tema (diversidade) não deveria ser tratado como prioridade nas escolas. Para ele, é mais importante que os alunos saibam, por exemplo, "escrever direito" e "fazer conta".
"De que adianta a gente ter discussão em escola pública sobre assuntos como esse sendo que os alunos não sabem escrever direito, fazer conta? Criar uma discussão fora da nossa realidade como povo brasileiro e dividir uma sociedade que precisa se respeitar mais", afirmou.
Lorene abriu um leque com as cores do arco-íris e respondeu com deboche à fala do colega candidato.
"O Viana levou para o coração, gente. Não pode, Viana. É porque você não é professor, você é radialista. A gente precisa discutir, sim, na escola porque a gente precisa educar as pessoas para respeitar umas às outras. Não é 'opção sexual' e sim 'orientação sexual', a pessoa nasce assim. Só a cultura expulsa o demônio da ignorância, do racismo, da LGBTfobia, do machismo das pessoas. E as pessoas podem ser educadas para uma vida de respeito e de solidariedade", disse.
A candidata se posicionou ainda a favor da política de cotas: "Quero dizer também que nós somos defensores da política de cotas, porque foi a política de cotas que garantiu que a nossa universidade tivesse cara de povo, cara de Brasil. Política pública para nós, para diversidade, é coisa muito séria."
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