Presidenciáveis estão atentos ao inquérito contra os executivos
Montagem iG / Imagens: Lula Marques/Agência PT; Wilson Dias/Agência Brasil; e José Cruz/Agência Brasil;
Presidenciáveis estão atentos ao inquérito contra os executivos

Os candidatos à Presidência da República se surpreenderam com a ação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra empresários suspeitos de defenderem um golpe de estado. Os presidenciáveis entenderam que a ordem de busca e apreensão nas casas dos executivos foi um recado do presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

As equipes de Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) sentiram, em conversas com os ministros do TSE, que a Corte seria muito rígida com a propagação de fake news nas redes sociais e com um possível movimento de financiamento e incentivo contra as instituições democráticas.

Porém, as campanhas acreditavam que essas ações ocorreriam mais perto do dia das eleições ou até mesmo após o pleito, caso algum grupo tentasse tumultuar os resultados das urnas eletrônicas. Era de conhecimento de todos que investigações estavam ocorrendo, no entanto, sem terem maiores detalhes de quem seriam os alvos.

O ministro acatou um pedido da Polícia Federal e permitiu que fossem feitas busca e apreensões no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, além de bloquear as contas bancárias e dos perfis de oitos empresários que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo eles: Luciano Hang (Havan), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Isaac Peres (Multiplan), José Koury (Shopping Barra World), Luiz André Tissot (Sierra), Marco Aurélio Raymundo (Mormaii), Meyer Joseph Nigri (Tecnisa) e Afrânio Barreira Filho (Grupo Coco Bambu).

A ala bolsonarista é quem mais está preocupada. Os empresários que estão na mira de Moraes fazem parte do grupo de apoio do presidente da República e a expectativa da equipe era de que eles contribuíssem com a campanha na busca pela reeleição. Agora há enorme temor que essa verba não caia na conta.

Lula, Ciro e Tebet não pretendem se aprofundar no assunto. A ordem é, caso sejam questionados, falar de forma breve e sem se alongar no tema. Na avaliação dos seus aliados, é preciso esperar maiores desdobramentos das investigações. No momento, o inquérito é sigiloso.

Porém o trio, assim como Bolsonaro, pediu atenção redobrada das suas campanhas para que não ocorra qualquer deslize. A compreensão é que o TSE será muito mais rígido no combate aos crimes eleitorais.

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