O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta sexta-feira que a partir de agora seus atos de campanha ocorrerão em locais abertos. Lula também convocou os aliados a ir para a rua. Em discurso na convenção nacional do PSB, onde Geraldo Alckmin foi oficializado como vice na sua chapa, o petista disse que fará uma campanha sem ódio e que pretende fazer a mais “importante revolução pacífica desse país.”
"Vamos fazer uma campanha sem ódio, nós não precisamos aceitar nenhuma provocação. Ninguém tem que brigar com ninguém na rua. Ninguém tem que brigar com ninguém em restaurante. Vamos ganhar tendo coragem. Tem gente que acha que não devo fazer comício, que deva fazer em local fechado. Daqui para frente é tudo em lugar aberto", discursou Lula.
Neste sábado, contudo, o ex-presidente terá um evento em local fechado — no Centro de Convenções do Ceará, em Fortaleza. Lá, o PT fará sua convenção estadual.
"Temos que ir para rua para demonstrar que o povo quer democracia de verdade. Não podemos ceder a esse fanfarrão que não teve coragem de soltar uma lágrima pelas 130 pessoas que morreram nas enchentes de Pernambuco", completou Lula.
Por unanimidade, o PSB aprovou nesta sexta-feira a aliança de Alckmin e Lula . A aliança conta com outras cinco siglas: PCdoB, PV, Solidariedade, Rede e PSOL.
"A experiência do Alckmin e a minha experiência farão a mais importante revolução pacífica desse país. Conhecemos tudo por dentro e por fora, já sabemos como funciona o emaranhado da burocracia", disse o ex-presidente.
Em fala direcionada aos empresários, Lula prometeu não tratar nenhum setor com indiferença, mas afirmou que irá priorizar as pessoas que estão passando fome.
"Todo mundo tem que saber que a gente sempre tem muito cuidado com discurso e temos que agradar todo mundo. A Avenida Paulista e a Faria Lima estão preocupadas com nosso discurso. Banqueiro, empresário, as pessoas tem que saber, nós já governamos esse país e São Paulo, não vamos tratar ninguém com indiferença, mas todo mundo tem que saber que temos uma preferência em cuidar do povo pobre que precisa comer, estudar e trabalhar".
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