O presidente Jair Bolsonaro durante passeio de moto com apoiadores
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O presidente Jair Bolsonaro durante passeio de moto com apoiadores

"Andar armado" é um direito de motociclistas, declarou o  presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (27). Segundo o mandatário, as armas de fogo não são uma forma de defesa pessoal, mas sim de "defesa da nação".

“Com todo respeito, o motociclista desarmado - a não ser que ele não queira, aí tudo bem, é direito dele não andar armado - mas, a princípio, se ele quiser andar armado, tem que ser um direito dele”, disse o presidente aos apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

O presidente também declarou que facilitou o acesso a armas de fogo durante o seu mandato e ainda defendeu a arma para toda a população. "Tem que comprar arma de fogo. Os vagabundos têm, por que você não pode ter?", disse.

“Arma, pessoal, não é defesa pessoal, é defesa da nação”, disse o chefe do Executivo. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de licenças para armas de fogo subiu 473,6% de 2018 a 2022, já o número de registros foi elevado de 117.467 para 673.818 até junho deste ano.

Bolsonaro também mencionou que tinha o costume de pilotar sua moto portando duas armas no Rio de Janeiro. "Eu nunca consegui me imaginar sem duas armas na minha moto no Rio de Janeiro. Uma vez fui pego ainda. Eu fui surpreendido e o cara levou minha moto e minha arma. E dois dias depois recuperei a moto e arma. Coisa rara”, relatou.

Na manhã desta quarta-feira (27), o presidente comemorou o Dia do Motociclista. Ele publicou uma foto ao lado do  general Braga Netto (PL), pré-candidato a vice-presidente na chapa do chefe do Executivo. 

Esta não é a primeira vez que Bolsonaro defende o armamento da população. Durante uma passeata de moto em março deste ano, na cidade de Jataí (GO), ele afirmou que "a arma de fogo nas mãos do cidadão de bem mais que defender a sua família, passa a defender a sua pátria", emendando com o bordão: "Povo armado jamais será escravizado." 

Durante a conversa com os apoiadores nesta manhã, Bolsonaro também afirmou que "o poder não emana do povo", em contradição com o artigo 1º da Constituição de 1988, que diz: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".

"Se emanasse do povo, o povo cubano seria livre", disse o mandatário. "Será que é tão difícil entender as coisas? O povo se acostumou com a mentira mansa. ‘Ah, ele é grosso, fala palavrão’. Está procurando um presidente ou um marido?", finalizou.

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