O PDT acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o Facebook e o Instagram retirem as publicações nas páginas do presidente Jair Bolsonaro (PL) com ataques às urnas eletrônicas e o sistema eleitoral, feitas em reunião com embaixadores nesta segunda-feira.
A sigla também pede à Corte eleitoral que a plataforma, o PL e o presidente sejam multados, "em patamar máximo", devido à veiculação de propaganda antecipada negativa.
O partido quer que a corte eleitoral determine a retirada imediata do conteúdo, que permanece no ar tanto no Facebook quanto no Instagram.
"Saliente-se, por relevante, que, por figurar como Chefe de Estado, as falas do Senhor Jair Messias Bolsonaro têm capacidade de ocasionar uma espécie de efervescência nos seus apoiadores e na população em geral, ainda mais quando o conteúdo é difundido através de redes sociais, que possuem um alto alcance entre os usuários", diz a legenda.
O pedido foi distribuído à ministra Maria Cláudia Bucchianeri, mas em virtude do recesso do Judiciário pode vir a ser analisado pelo presidente do TSE, ministro Edson Fachin.
De acordo com o PDT, "esse quadro caótico causa efeitos danosos ao processo eleitoral, especificamente no que toca à sua integridade, razão pela qual esta Justiça Eleitoral tem atuado de forma hercúlea para afastar todos esses impropérios e demonstrar à população que o sistema eletrônico de votação é íntegro e confiável".
A legenda afirma que o presidente fez a veiculação de conteúdos falsos sobre o sistema eleitoral "de forma dolosa, com manipulação de fatos, em nítida hipótese que não desafia o limite da liberdade de expressão".
"No caso vertente, a divulgação de fato sabidamente inverídico atinge a integridade do processo eleitoral, os processos de votação, apuração e totalização de votos", diz o PDT.
Nesta segunda-feira, Bolsonaro reuniu uma série de embaixadores e fez uma apresentação com ataques ao sistema eleitoral, às urnas eletrônicas e a integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE.
Nunca houve fraudes nas eleições brasileiras desde que as urnas eletrônicas foram implantadas, em 1996. Ao contrário do que o presidente disse, a contagem de votos é feita pelo próprio TSE.
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