Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante sessão
Waldemir Barreto/Agência Senado - 30.06.2022
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante sessão

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o  presidente Jair Bolsonaro (PL) e o  ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devem ter responsabilidade para evitar a violência política no país durante a eleição. A declaração do senador é dada um dia após um militante do PT ser morto a tiros por um eleitor bolsonarista.

Pacheco afirmou que “não adianta jogar a culpa um para outro” e que ambos os líderes políticos, que aparecem à frente das pesquisas de intenção de voto, podem, “se quiserem”, criar um ambiente de paz durante a eleição.

"A responsabilidade deles [Lula e Bolsonaro] é muito grande, de ter responsabilidade na fala, na forma de conduzir. Não adianta jogar a culpa um para o outro, não é o caso. Eles têm que repudiar qualquer ato de violência, seja praticado por um lado, seja praticado por outro", disse Pacheco.

O presidente do Senado completou:

"A manifestação desses grandes líderes políticos, no sentido que repudiam esses apoiadores que levam para o campo da violência, da ameaça e do constrangimento, é um bom serviço que cada um deles fará a democracia do Brasil. E, com certeza, com a preferência que têm do eleitorado, conseguirão, se quiserem, ter um ambiente de pacificação nessas eleições".

Na noite de ontem, Bolsonaro condenou o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, militante do PT , mas aproveitou o caso para atacar a esquerda, afirmando que ela que incita à violência. Arruda foi morto a tiros pelo agente penal José da Rocha Guaranho enquanto comemorava seu aniversário, na madrugada de domingo, com uma festa temática do PT.

Pacheco instou aos líderes políticos a pregar por mais compreensão e tolerância, e menos acirramento. Segundo o senador, esse clima de tensão está levando o país “ao campo da violência em eleições”.

"Vamos ter um pouco mais de apego ao amor, à compreensão, à tolerância, à solidariedade, e menos acirramento. Porque isso está levando o Brasil para um campo muito ruim que nunca teve, que é o campo da intolerância e da violência em eleições desse tipo", disse o presidente do Senado.

O senador enfatizou ainda que a democracia não é exercida “com violência nem intolerância”:

"Todos nós temos que ter compromisso com a democracia, e a democracia se exerce dessa forma. Não é com violência e não é com intolerância".

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