Crime durante a festa
O guarda municipal e tesoureiro do (PT) Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, morreu após ser baleado durante sua festa de aniversário em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O crime aconteceu na noite do último sábado (09).
O petista Marcelo Arruda foi assassinado no dia da sua festa de aniversário de 50 anos, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Veja o que se sabe sobre o caso →
O guarda municipal e tesoureiro do (PT) Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, morreu após ser baleado durante sua festa de aniversário em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O crime aconteceu na noite do último sábado (09).
O responsável pela morte de Arruda é José da Rocha Guaranho, policial federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo testemunhas e informações da Polícia Civil do Paraná, Guaranho teria se intrometido na festa com sua esposa e um bebê. Ele gritou do carro: "Aqui é Bolsonaro" e que voltaria para matar todos na festa, que tinha como tema, o PT. Para se defender, Arruda, que também era policial, pegou sua arma. Quando Guaranho voltou, o tiroteio entre o aniversariante e o bolsonarista teve início.
Segundo a polícia, a causa ainda está sendo investigada, mas segundo a esposa de Guaranho, os policiais se conheciam. A mulher afirmou que Guaranho é dono do local onde aconteceu a festa e ao ouvir músicas contra o Bolsonaro, se enfureceu. Já a esposa de Arruda, nega que os dois eram conhecidos.
O aniversariante Marcelo Arruda foi morto durante a troca de tiros. Já Guaranho, que também foi ferido, está sob custódia da polícia no hospital com quadro de saúde estável.
Nas redes sociais, Lula afirmou que Arruda "evitou uma tragédia maior" e também pediu "compreensão e solidariedade" aos familiares Guaranho, dizendo que "perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável". "Precisamos de democracia, diálogo, tolerância e paz."
O atual presidente do Brasil disse que dispensa o "apoio de quem pratica violência contra opositores", e, ao mesmo tempo, atacou a esquerda. "Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos", escreveu Bolsonaro.
O policial se apresenta nas redes sociais como "policial penal federal, conservador e cristão". Postagens demonstram seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro e aos seus aliados. Em uma das publicações, o policial penal é visto ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), filho do Presidente da República.
A delegada que investigava o caso, Iane Cardoso, não é a mais a titular da investigação. Camila Cecconello, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), passou a comandar o caso. A mudança ocorre porque nas redes sociais de Iane Cardoso foram encontradas postagens antigas anti-PT. Com isso, o Partido dos Trabalhadores chegou a informar que as publicações serão usadas para embasar o pedido da sigla para que as investigações passem para a Polícia Federal.