Tudo o que se sabe sobre o assassinato do petista Marcelo Arruda

O petista Marcelo Arruda foi assassinado no dia da sua festa de aniversário de 50 anos, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Veja o que se sabe sobre o caso →

Crime durante a festa

O guarda municipal e tesoureiro do (PT) Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, morreu após ser baleado durante sua festa de aniversário em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O crime aconteceu na noite do último sábado (09).

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O atirador

O responsável pela morte de Arruda é José da Rocha Guaranho, policial federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Reprodução - 11/07/2022

O tiroteio

Segundo testemunhas e informações da Polícia Civil do Paraná, Guaranho teria se intrometido na festa com sua esposa e um bebê. Ele gritou do carro: "Aqui é Bolsonaro" e que voltaria para matar todos na festa, que tinha como tema, o PT. Para se defender, Arruda, que também era policial, pegou sua arma. Quando Guaranho voltou, o tiroteio entre o aniversariante e o bolsonarista teve início.

Reprodução - 11/07/2022

Motivação do crime

Segundo a polícia, a causa ainda está sendo investigada, mas segundo a esposa de Guaranho, os policiais se conheciam. A mulher afirmou que Guaranho é dono do local onde aconteceu a festa e ao ouvir músicas contra o Bolsonaro, se enfureceu. Já a esposa de Arruda, nega que os dois eram conhecidos.

Reprodução - 11/07/2022

Feridos

O aniversariante Marcelo Arruda foi morto durante a troca de tiros. Já Guaranho, que também foi ferido, está sob custódia da polícia no hospital com quadro de saúde estável.

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Lula comentou sobre o caso

Nas redes sociais, Lula afirmou que Arruda "evitou uma tragédia maior" e também pediu "compreensão e solidariedade" aos familiares Guaranho, dizendo que "perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável". "Precisamos de democracia, diálogo, tolerância e paz."

Reprodução Redes Sociais - 09.08.2022

Manifestação de Bolsonaro sobre o crime

O atual presidente do Brasil disse que dispensa o "apoio de quem pratica violência contra opositores", e, ao mesmo tempo, atacou a esquerda. "Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos", escreveu Bolsonaro.

Isac Nóbrega/PR

Quem é José Guaranho?

O policial se apresenta nas redes sociais como "policial penal federal, conservador e cristão". Postagens demonstram seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro e aos seus aliados. Em uma das publicações, o policial penal é visto ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), filho do Presidente da República.

Reprodução - 11/07/2022

Troca troca na polícia

A delegada que investigava o caso, Iane Cardoso, não é a mais a titular da investigação. Camila Cecconello, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), passou a comandar o caso. A mudança ocorre porque nas redes sociais de Iane Cardoso foram encontradas postagens antigas anti-PT. Com isso, o Partido dos Trabalhadores chegou a informar que as publicações serão usadas para embasar o pedido da sigla para que as investigações passem para a Polícia Federal.

Reprodução - 11.07.2022