Após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro , a CPI do MEC atingiu o mínimo de 27 assinaturas necessárias para sua instalação no Senado. Cabe ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) , determinar a abertura da investigação a partir de agora.
Os senadores Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) se empenharam na coleta de assinaturas desde a quarta-feira e, nesta quinta-feira, conseguiram o mínimo de um terço do Senado. O último senador a assinar a lista foi Giordano Bruno (SP).
Nesta quarta-feira, Pacheco disse que a proximidade da eleição prejudica a instalação da CPI, já que "é uma investigação isenta, que tem um tempo necessário, a própria composição dela, com todos os senadores dedicados na comissão parlamentar de inquérito".
Para o senador Alessandro Vieira, a contrariedade de Pacheco repete o que ocorreu na CPI da Covid, quando o presidente do Senado também resistiu à abertura da investigação.
"A Constituição Federal não estabelece esses critérios que ele quer criar da cabeça dele, de que ano eleitoral não é bom. A Constituição exige um fato determinado e objetivo, e o mínimo de um terço do Senado de assinaturas", diz Vieira ao GLOBO.
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