A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, cobrou nesta segunda-feira que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) regule o Telegram para evitar a propagação de fake news durante as eleições deste ano. A coordenadora da pré-campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda afirmou que discutiu com outros partidos a realização de uma audiência sobre o aplicativo de troca de mensagens.
"Espero que as instituições, principalmente o TSE, tomem medidas firmes em relação às fake news e à propagação de fake news. Nós queremos conversar com o TSE sobre Telegram".
Gleisi ainda disse que o Telegram “nos preocupa muito”. Para a presidente do PT, é importante ficar claro quem são os representantes da empresa no Brasil. Adversário de Lula, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem mais interações e grupos mais populosos de mensagens no Telegram.
"Vai ter regras, tal qual o WhtasApp, ou vai ser terra ninguém? Ou vai poder falar o que quiser, do jeito que quiser e todo mundo vira vítima? Porque tem um momento em que nós somos as vítimas, mas depois as vítimas também passam a ser as instituições, como estão sendo o TSE e o Supremo Tribunal Federal (STF). Acho que eles têm responsabilidade em relação a isso para fazer com que esse processo eleitoral seja o mais limpo possível"
A coordenação da pré-campanha revelou ter discutido a realização de uma audiência no TSE sobre o Telegram não só com os partidos que apoiam Lula, como também com outras legendas que são vítimas de ataques bolsonaristas:
"Não dá para deixar essas coisas sem regulação."
As declarações ocorreram durante uma entrevista com representantes dos outros seis partidos (PCdoB, PV, PSB, Rede, PSOL e Solidariedade) que apoiam a pré-candidatura de Lula.
Reunião do Conselho Político
O encontro foi o primeiro para a implantação de um conselho político da pré-candidatura. Pela manhã, Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin, indicado vice da chapa, participaram da reunião. À tarde, houve discussões sobre a composição da coordenação executiva, que cuidará do dia a dia da campanha.
Gleisi disse que as lideranças presentes concordaram com a necessidade de ampliar a aliança em torno de Lula e Alckmin:
"O que for não possível ampliar no campo nacional, ampliar no âmbito dos estados. Todo mundo está convencido de que precisamos ampliar esse movimento".
A presidente do PT, porém, não quis comentar a saída de João Doria (PSDB) da disputa presidencial . Disse ainda que um eventual contato com o tucano não foi discutida:
"Não somos contra conversar com ninguém que se coloca nesse campo democrático, mas isso (como fazer pontes com Doria) não foi discutido".
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