O PSB deve lançar a ex-primeira-dama de São Paulo Lu Alckmin como candidata a deputada federal pelo estado. O partido avalia que a mulher do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) pode ser uma importante puxadora de votos nas eleições de outubro. Lu assinou a filiação ao PSB no início de abril, dias após Alckmin, com quem é casada há 43 anos, ingressar na legenda para ser vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.
A ideia de lançá-la candidata a deputada federal partiu do ex-governador Márcio França (PSB), que é pré-candidato ao governo de São Paulo e amigo do casal. O nome da ex-primeira-dama paulista chegou a ser ventilado como possível vice na chapa de França ou mesmo uma opção para o Senado. Hoje, no entanto, as duas alternativas são consideradas pouco prováveis.
A candidatura, se confirmada, já tem até slogan: “Não separe um casal com 50 anos de história, envie-o para Brasília”. Segundo interlocutores da ex-primeira-dama, embora não haja uma definição, as conversas já estão “bem avançadas”.
A campanha deve explorar a atuação da ex-primeira-dama nas gestões de Alckmin à frente do Palácio dos Bandeirantes, quando ela foi presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado. Uma de suas marcas foi a implantação de dez mil padarias artesanais em locais como escolas, penitenciárias e hospitais. Ela também deu continuidade a programas iniciados por Lila Covas, que foi casada com o ex-governador Mário Covas, como as casas de Solidariedade, Estação da Lapa e os Jogos Regionais do Idoso.
Lu também foi presença marcada na campanha de Alckmin à Presidência, em 2018, quando estreou em peças publicitárias que miravam o público feminino.
Além de Lu, o PSB aposta na deputada Tabata Amaral e no advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho para aumentar sua bancada no Congresso, que encolheu na janela partidária, passando de 30 deputados para 22, redução de 26% de sua bancada.
Lu não é a única mulher casada com político que deve concorrer este ano. Rosângela Moro, esposa do ex-juiz Sergio Moro, filiou-se ao União Brasil no fim de março para tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Também disputará a advogada Paola Daniel (PTB-RJ), mulher do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ataques antidemocráticos e indultado pelo presidente.
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