O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o sistema eleitoral brasileiro, nesta quinta-feira, um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltar a levantar suspeitas infundadas sobre o assunto. Segundo Lira, posicionamentos contrários ao processo colocam em dúvida a legitimidade de todos os que conquistaram votos através das urnas, o que inclui parlamentares e o próprio presidente da República.
Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também se manifestou ao afirmar que "não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre eleições".
"O processo eleitoral brasileiro é uma referência. Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir - sem tensionamentos - para as eleições livres e transparentes", escreveu Lira, no Twitter.
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por sua vez, ressaltou que as urnas eletrônicas são "confiáveis" e que a Justiça Eleitoral é "eficiente".
"As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado", escreveu Pacheco, em sua conta também no Twitter.
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Ex-líder do governo no Senado, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) apoiou a fala de Pacheco, dizendo que "a vigilância do Congresso Nacional é fundamental para a realização de eleições livres e soberanas e para a preservação dos princípios democráticos".
"O Estado Democrático de Direito é uma conquista do povo brasileiro, e o Parlamento estará atento a qualquer tentativa de desestabilização da ordem constitucional', declarou Bezerra.
Na quarta-feira, durante cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro afirmou que é preciso ter a participação das Forças Armadas para que haja "confiança" no sistema eleitoral.
— Não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições. Mas precisamos de ter uma maneira, e ali nessas nove sugestões (do Ministério da Defesa) existe essa maneira, para a gente confiar nas eleições.
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