Daniel Silveira circula pela Câmara e brinca sobre não estar de tornozeleira eletrônica: 'Nem era para ter usado'
Julia Lindner/Agência O Globo
Daniel Silveira circula pela Câmara e brinca sobre não estar de tornozeleira eletrônica: 'Nem era para ter usado'

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado por estímulo a atos antidemocráticos, o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) foi escolhido nesta quarta-feira como membro titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Este é considerado o principal colegiado da Casa.

No mesmo dia, Silveira foi eleito vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. A votação foi secreta.

Nos últimos dias, o deputado tem circulado pela Câmara sem a tornozeleira eletrônica. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Distrito Federal identificou que o equipamento está descarregado desde o domingo de Páscoa, no dia 17 de abril.

— Nem era para eu ter usado ela (tornozeleira). Estou sem ela — respondeu, ao ser questionado por jornalistas, na terça-feira.

A decisão do STF, que também determinou a cassação do mandato de Silveira, causou desconforto entre alguns parlamentares. Ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que apenas o Congresso tem o poder de decidir sobre a perda de um mandato parlamentar.

— O entendimento da assessoria jurídica da Câmara é que o STF tem competência para julgar, o presidente (Bolsonaro) tem competência de fazer a graça ou indulto e o Congresso é que tem que decidir sobre mandato parlamentar — disse Lira, em conversa com jornalistas.

E acrescentou:

— O recurso que fizemos ao Supremo não trata de nenhum caso especifico, é para que a gente ratifique um entendimento nosso. Cassação de mandato popular só pelo Congresso Nacional.

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