ex-governador do RS, Eduardo Leite (PSDB)
Reprodução - 28.03.2022
ex-governador do RS, Eduardo Leite (PSDB)

Em propaganda partidária do PSDB no Rio Grande do Sul que começou a ser veiculada nesta segunda-feira, o ex-governador Eduardo Leite adota tom de pré-candidato a presidente. No comercial, Leite prega uma espécie de união nacional e diz que entende os motivos de quem apoia o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.

Em seguida, o gaúcho cita o desempenho de seu governo — que colocou em dia o salário dos servidores do estado do Rio Grande do Sul — e diz que agora o exemplo poderá ser usado nacionalmente.

"Tem gente que é anti-Bolsonaro. Eu entendo. Tem gente que é anti-Lula. Eu entendo. Mas sabe do que o Brasil precisa agora? De gente como você, que é anti-miséria, anti-desemprego, anti-inflação, anti-violência, anti-desmatamento. Foi assim que nós do PSDB viramos o jogo no estado.  Atacamos os problemas, e não as pessoas. Fizemos só um Rio Grande. Agora, é hora de fazer um só Brasil."

Na última sexta-feira, Leite fez uma carta em que declarava apoio ao ex-governador de São Paulo João Doria na disputa presidencial . No texto, ele dizia que se colocava ao lado do PSDB e da candidatura do correligionário. No mesmo dia, Doria respondeu dizendo que recebeu a manifestação de Leite “com otimismo “, uma “prova de coerência e bom senso” no sentido de apoiar a candidatura única do PSDB e o resultados das prévias, que escolheram Doria.

Nos bastidores, porém, aliados avaliam que Leite fez um recuo tático, e sua aposta é de que a candidatura de Doria não vai se viabilizar em razão de sua alta rejeição nas pesquisas de intenção de voto . Além disso, a avaliação do entorno do gaúcho também é a de que o próprio PSDB de São Paulo tende a trabalhar contra a candidatura de Doria. Pesquisas mostram que a maior parte dos eleitores não votaria no governador Rodrigo Garcia (PSDB) associado a uma candidatura presidencial do paulista.

Instado a falar sobre o assunto na última sexta-feira, quando participava da abertura dos desfiles das escolas de samba de São Paulo, Garcia disse ao G1 que a carta de Leite amenizava por "por pouco tempo" as divergências internas do PSDB. Segundo Garcia, a sigla ainda precisa de “muito diálogo para encontrar um denominador comum”.

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