A Casa Civil apagou fotos que estavam disponíveis ao público de encontro do ministro Ciro Nogueira com o pastor Arilton Moura, envolvido em suspeita de corrupção no Ministério da Educação. Segundo o G1, que consultou os registros, as imagens foram publicadas em conta do Flickr da pasta.
A reunião ocorreu no dia 21 de setembro do ano passado e foi registrada por um fotógrafo da Casa Civil.
Nesta quinta-feira, as fotografias ficaram indisponíveis."Parece que a foto ou o vídeo que você está procurando não existe mais", diz a mensagem no site consultado pelo G1.
A agenda de Ciro Nogueira daquele dia, consultada pelo GLOBO, não traz qualquer menção à reunião. Sobre o assunto, a Casa Civil não se manifestou.
O deputado Vicentinho Júnior (PP-TO), que também participou da reunião e estava nas fotografias, também apagou as fotos que publicou em seu perfil do Instagram.
Antes, o parlamentar tinha até mesmo feito uma legenda para a ocasião: "Mais uma vez estive com o ministro Ciro Nogueira para tratar sobre as demandas dos municípios tocantinenses. Agradeço imensamente ao ministro pela paciência e presteza que sempre nos atende. Agradeço mais ainda pela sensibilidade em atender nossos pedidos que beneficiam as pessoas do Tocantins".
O pastor Arilton Moura esteve 35 vezes no Palácio do Planalto desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro, enquanto o pastor Gilmar Silva dos Santos, também envolvido no escândalo do MEC, esteve outras 10 vezes no mesmo período. Os dois são investigados por atuarem como lobistas.
Os dados foram divulgados nea quinta-feira pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), um dia após O GLOBO revelar que o governo federal havia recusado um pedido para apresentar as informações. De acordo com o GSI, os dados foram liberados devido a uma "recente manifestação da Controladoria-Geral da União quanto à necessidade de atender o interesse público".
A divulgação dos dados foi autorizada pelo presidente Jair Bolsonaro, após o ministro titular do GSI, Augusto Heleno, receber um alerta do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, de que a tendência era o órgão determinar a divulgação dos dados.
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