Após o PSB formalizar nesta sexta-feira a indicação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para vice da chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida pelo Palácio do Planalto, ainda vai levar um tempo para que a aliança seja oficialmente formada. O primeiro passo é o PT aprovar um indicativo da escolha de Alckmin, o que deve ocorrer em reunião do diretório nacional no próximo dia 13.
No dia 30, ocorrerá no Anhembi, em São Paulo, o lançamento da pré-candidatura de Lula. Na ocasião, será apresentada a frente de partidos que apoiará o petista, composta pela federação formada por PT, PCdoB e PV, pela federação que reúne PSOL e Rede, em coligação com PSB e o Solidariedade.
Lula quer simbolizar a amplitude de sua candidatura no ato com as presenças do ex-tucano Alckmin e do líder sem teto Guilherme Boulos (PSOL), que desistiu de disputar o governo de São Paulo e será candidato a deputado federal.
A executiva do PT também marcou para 4 de junho o encontro partidário, onde tradicionalmente as chapas são aprovadas. Porém, a corrente majoritária da sigla, a CNB, quer que o diretório nacional já faça uma primeira aprovação da chapa no dia 13 de abril.
Correntes minoritárias do PT se opõem à indicação de Alckmin para vice com o argumento de que os seus governos em São Paulo contrariaram bandeiras defendidas historicamente pelo partido, como os direitos humanos e a defesa dos professores. O grupo, porém, não deve ter votos suficientes para barrar a entrada do ex-governador na chapa.
A chapa só passa a valer oficialmente, no entanto, após a convenção dos partidos, que devem ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto, e o registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).