Em busca de apoio, o ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência pelo PDT, se reuniu nesta quarta-feira com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em Brasília.
O pedetista se movimenta para aproveitar que o partido do senador está sem presidenciável desde que o próprio parlamentar desistiu da disputa e após a legenda não conseguir atrair o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, que preferiu permanecer no PSDB.
Após a conversa, Ciro disse a jornalistas que gostaria de ter o apoio do PSD a sua candidatura, mas que ainda é cedo para formar alianças. O pedetista mantém conversas com o partido presidido por Gilberto Kassab. Em fevereiro, ele esteve com o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, que disputará o governo de Minas pelo PSD.
— Sobre alianças, vamos tentar para o tempo próprio. É muito cedo. Ele pertence a um partido que está sendo conduzido de forma muito correta pelo meu amigo Gilberto Kassab. É evidente que ficaria bastante feliz se pudesse ter apoio deles, mas é preciso dar tempo ao tempo para que se amadureça as coisas de forma segura — disse Ciro.
O ex-ministro e o senador conversaram sobre os problemas do Brasil. A interlocutores, Pacheco disse que Ciro apresentou “soluções interessantes e que ficou impressionado”. Pelo Twitter, o presidente do Senado escreveu:
“Na conversa, apresentei os encaminhamentos dados pela Presidência do Senado no sentido de buscarmos soluções, e o ex-governador Ciro Gomes demonstrou profundo conhecimento dos temas e apontou possíveis caminhos para o desenvolvimento do país”.
A conversa também contou com a presença do irmão de Ciro, o senador Cid Gomes (PDT-CE).
A aproximação de Ciro com Pacheco também tem como objetivo buscar um palanque em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país. Kalil, de quem o pedetista é próximo, tem, até momento, uma chapa pura com nomes do PSD.
Na posição de vice está o presidente da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), Agostinho Patrus, que migrou recentemente para o partido. Já para o Senado, o candidato é o senador Alexandre Silveira, braço direito de Pacheco e bastante próximo a Kassab.
No entanto, para consolidar um palanque com Kalil, Ciro enfrenta como obstáculo a aproximação do ex-prefeito com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Kassab já aceitou extraoficialmente uma aliança “Lulil”. O cacique do PSD, porém, resiste as tentativas de Lula de colocar o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) como candidato ao Senado.