Antes cotado para a disputa ao governo do Rio neste ano, o general Santos Cruz não acompanhou a migração de Sergio Moro ao União Brasil e permaneceu filiado ao Podemos, em Brasília. No partido desde novembro do ano passado, o militar recebeu convite do ex-juiz para se lançar ao Palácio Guanabara — ou ao Senado. Até o momento, no entanto, Santos Cruz ainda não definiu se será candidato a deputado federal ou a algum outro cargo eletivo neste ano.
Questionado pelo GLOBO se já havia planos para uma candidatura no Distrito Federal, o general se limitou a dizer que permaneceu no Podemos e em seu domicílio eleitoral na capital.
"Uma candidatura depende de conversa sobre o partido, alianças etc. Ainda não conversei sobre isso com o partido", afirmou Santos Cruz.
Na última semana, o general acompanhou Moro em evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), na capital carioca. Àquela altura, o ex-juiz ainda falava como pré-candidato do Podemos à Presidência, antes de migrar para o União Brasil.
Questionado sobre o futuro político na ocasião, Santos Cruz não quis dar pistas e disse que deixaria “estourar o prazo”. Ele tinha até o último sábado para mudar seu domicílio eleitoral, caso desejasse concorrer no Rio ou em outro estado.
Moro insistiu para que o ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro fosse candidato no Rio. A intenção era ter no general um nome forte como palanque no terceiro maior colégio eleitoral do Brasil, mas o militar já havia avisado que provavelmente não toparia. Uma candidatura ao Senado no estado era vista como mais provável. Para o general, porém, figurar na corrida eleitoral seria mais uma forma de auxílio e nem tanto uma pretensão individual.