Após indicar que iria ceder e colocar a tornozeleira eletrônica , o deputado federal Daniel Silveira (União-RJ) chegou no Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira dizendo que ainda não estava com o equipamento. Silveira irá participar da cerimônia de despedida dos ministros que irão disputar as eleições.
Após passar o dia encastelado na Câmara, para evitar cumprir uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes , Silveira afirmou que iria ceder na noite desta quarta-feira . Saiu da Casa Legislativa dizendo que colocaria a tornozeleira por "imposição do sequestro de bens" e dormiu no seu apartamento funcional (e não no gabinete, como na madrugada passada ).
Parlamentares bolsonaristas ficaram encarregados de anunciar que ele se submeteria à decisão judicial às 8h desta quinta-feira na entrada do plenário da Câmara dos Deputados. Ele chegou quinze minutos antes ao "ato" acompanhado da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que disse que vai trabalhar pelo impeachment de Moraes. Mas se retirou logo em seguida.
Silveira chegou a pé no Palácio do Planalto, acompanhado do deputado Hélio Lopes (União-RJ). Questionado se estava com a tornozeleira, apenas balançou a cabeça, fazendo sinal negativo. Perguntado se iria encontrar o presidente Jair Bolsonaro, também negou.
O parlamentar chegou ao Planalto pouco antes de 8h20. Às 9h50, desceu do terceiro andar, onde fica o gabinete presidencial, até o Salão Nobre, para participar da cerimônia de saída de nove ministros.
Os agentes da Polícia Federal também não apareceram na Câmara nesta manhã para cumprir o mandado. Nos bastidores, comentou-se que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não permitiria que a Casa Legislativa fosse usada como palco para o cumprimento da determinação dada pelo STF. E a PF também não estava disposta a colocar a tornozeleira nas imediações da Câmara.