Pré-candidato ao governo do do Rio de Janeiro, o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), disse nesta sexta-feira (25) que descarta desistir da sua candidatura em prol de uma frente única da esquerda no estado.
Neves tem 14% das intenções de voto, segundo pesquisa do instituto Gerp, atrás do atual governador Cláudio Castro (24%) e do deputado federal Marcelo Freixo (21%).
Perguntado pelo iG sobre a possibilidade de desistência das candidaturas do PDT ao governo e ao Planalto, na figura do ex-ministro Ciro Gomes, Rodrigo rechaçou a possibilidade.
"Na pesquisa de hoje eu tô com 14% e o Freixo com 21%, mas eu tenho 4 vezes menos rejeição. O importante é que as candidaturas têm legitimidade, tanto a do Ciro quanto a do Freixo, o importante é manter o diálogo das forças democráticas para aí construir o Rio de Janeiro e o Brasil", disse.
"Eu não tenho dúvida que nós, além de termos menos rejeição, temos o que o Rio precisa diante da sua mais grave crise econômica e social: a boa gestão, testada e aprovada, porque o Rio é o maior desafio de governança do Brasil".
Durante a comemoração do centenário do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Rodrigo ressaltou fatos da sua gestão à frente de Niterói como a abertura de escolas em tempo integral, a manutenção de territórios da cidade fora do controle da milícia e o saneamento fiscal. Neves saiu da prefeitura com aproximadamente 90% de aprovação, e seu candidato, Axel Grael, ganhou as eleições de 2020 no primeiro turno com 62% dos votos.
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O ex-prefeito lançou nesta sexta (25) o livro "Golpe Derrotado", que conta os três meses em que o ex-prefeito ficou preso em 2018, por meio de uma acusações "nos moldes da Lava Jato", segundo o candidato. Desde o início do processo, Rodrigo nunca foi ouvido pela Justiça.
"Acusaram minha esposa de ser dona de uma empresa de ambulância ligada à Lava Jato que eu nunca tinha ouvido falar. É um verdadeiro arbítrio", lembrou. "Como pode o então vereador Carlos Jordy entrar com uma ação de impeachment de 300 páginas, sobre um processo que estava em segredo de justiça? É batom da cueca!", completou.
O candidato mira uma reviravolta na sua história política nos moldes do ex-presidente Lula, que hoje lidera as pesquisas para presidência da República.
Niterói é governada por partidos de esquerda há mais de 30 anos e tem orçamento anual de aproximadamente R$ 5 bilhões, boa parte devido aos royalties do petróleo. Durante o discurso, o apresentador da mesa, Leonardo Giordano, Secretário de Cultura de Niterói, disse que é "importante manter essa verba longe do bolsonarismo".
Também estiveram presentes no evento a deputada federal Jandira Feghalli (PCdoB), o deputado federal Francisco d' angelo (PDT) e Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB.