Nesta terça-feira (15), a Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle do Senado aprovou um convite ao ministro da Justiça Anderson Torres e ao diretor-geral da Polícia Federal Paulo Maiurino para esclarecer a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso Covaxin.
Por se tratar de um convite, Torres e Maiurino não são obrigados a comparecer. Inicialmente, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) — autor do requerimento —pedia que os dois fossem convocados , mas o parlamentar Marcos do Val (Podemos) solicitou a mudança da intimação para convite. Randolfe foi vice-presidente da CPI da Covid, que investigou o contrato para aquisição do imunizante.
A Polícia Federal encaminhou um relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), no fim de janeiro, dizendo que Bolsonaro não prevaricou na negociação da vacina indiana contra a Covid-19
. No documento apresentado à ministra Rosa Weber, relatora do inquérito, a corporação também apontou não ser necessário tomar depoimento do presidente.
As denúncias sobre a Covaxin foram levantadas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda . Eles relatam que avisaram Bolsonaro em uma reunião no dia 20 de março sobre suspeitas de irregularidades na compra do imunizante.
Um inquérito foi aberto pela PF em 12 de julho de 2021 para investigar se o mandatário foi informado ou não sobre os indícios de fraude e se tomou alguma medida para apurar as denúncias.
A apuração começou após o STF cobrar um posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a notícia-crime apresentada pelos senadores Randolfe, Fabiano Contarato (PT) e Jorge Kajuru (Podemos) .