Na manhã desta segunda-feira (31), Jair Bolsonaro (PL) afirmou que nunca ter feito uso pessoal de um de seus três cartões corporativos que, segundo ele, teria limite de até R$ 25 mil por mês e poderia ser utilizado, por exemplo, para "tomar tubaína com coca-cola".
"O meu cartão, que eu posso sacar até R$ 25 mil por mês e tomar em tubaína com coca-cola, nunca tirei um centavo" , afirmou o governante durante agenda oficial em Itaboraí (RJ), onde discursou para gestores da Petrobras.
A declaração do mandatário vem de encontro com uma publicação do Jornal O Globo, que apontou Bolsonaro como o presidente mais consumista dos últimos anos. O levantamento revelou que os gastos com o uso de cartões corporativos durante o três anos do atual governo já superam os quatro anos da gestão anterior, que abrange os mandatos de Dilma Rousseff (PT) e de Michel Temer (MDB). Bolsonaro ainda tem menos de um ano de mandato pela frente.
De acordo com o Jornal O Globo, Bolsonaro gastou R$ 29,6 milhões com cartões corporativos até dezembro do ano passado. O valor é 18,8% maior do que os R$ 24,9 milhões consumidos nos quatro anos da gestão anterior, que acabou sendo dividida por Dilma Rousseff (2015-2016) e Michel Temer (2016-2018).
Quanto aos filhos, Bolsonaro afirmou que tanto o senador Flávio (PL-RJ) quanto o deputado federal Eduardo (PSL-SP), não possuem cartão corporativo da Presidência. O mandatário explicou que existem mais dois cartões além do de uso pessoal, utilizados para o custeio de despesas diversas.
"Nenhum filho meu tem cartão corporativo. Tenho três, dois são para viagens, abastecimento de aeronaves, comprar comida para 50 emas" , declarou. "As acusações são as mais absurdas possíveis porque estamos incomodando."