Presidente do partido que lidera as intenções de voto para a próxima eleição presidencial, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT) passou a 'dar o tom' do que poderá ser um eventual retorno de Luis Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto.
A parlamentar afirmou à jornalista Malu Gaspar que o ex-presidente não apresentará uma 'carta ao povo brasileiro' - gesto realizado em 2002 para acalmar investidores e empresários. Não está na pauta do partido, também, a apresentação de um superministro da Economia, como realizado por Jair Bolsonaro (PL) no último pleito, com Paulo Guedes.
"Não tem necessidade de carta ao povo brasileiro, as pessoas já conhecem o Lula. Não precisamos mais de um Palocci. A única coisa que não vamos fazer é quebrar contratos, como o Bolsonaro fez com os precatórios. O resto nós vamos fazer. E não tem mimimi do mercado. Um país que não tem dívida externa, que tem este mercado consumidor não pode ter o povo com fome e sem renda", afirmou a mandatária do partido.
De acordo com a deputada, o partido tem como objetivo - caso reassuma o comando do país - revogar o teto de gastos, a reforma trabalhista e a política de preços da Petrobras.
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"O teto de gastos está desmoralizado e deve ser um dos primeiros a serem liquidados. Bolsonaro fez o orçamento de guerra e muitas outras coisas fora do teto aos olhos do mercado e agora querem exigir de nós respeito ao teto?", questiona.
Segundo a presidente, as eleições deste ano serão pautadas pelo posicionamento ideológico - diferentemente das vencidas pelo PT no início do século que foram, na sua visão, uma composição política.