Jair Bolsonaro
Isac Nóbrega/ PR
Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a Agência Nacional de Vigilância Sanitaria (Anvisa) nesta quinta-feira. Durante transmissão nas suas redes sociais, Bolsonaro insinuou que a agência estaria se tornando um "outro Poder" e que tem se portado como "a dona da verdade".

O presidente vem criticando de forma reiterada a vacinação para crianças de 5 a 11 anos, aprovada pela Anvisa em dezembro do ano passado. Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou as regras para a imunização dessa faixa etária e desistiu da obrigatoriedade de receita médica.

— A nossa querida Anvisa virou... Não vou comparar com outro poder, mas virou um outro Poder no Brasil. É a dona da verdade em tudo. E agora já se fala na terceira dose de reforço para criança, além de todos possíveis efeitos colaterais — afirmou Bolsonaro.

Durante a live, Bolsonaro levou um papel com uma lista de todos os possíveis efeitos colaterais da vacina e repetiu eles aos seguidores. Bolsonaro também insinuou que a vacina ainda era experimental.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro criticou a autorização de imunizantes contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos, questionando "qual o interesse das pessoas taradas por vacina".

Apesar das falas do presidente, todas as vacinas aplicadas no Brasil foram testadas em diversos países do mundo e aprovadas pela Anvisa e por outros órgãos ao redor do mundo. Os testes clínicos apontaram não só para a eficácia da vacina como também para sua segurança. Os dados de vacinação apontam que eventuais efeitos colaterais ocorrem apenas em uma parcela ínfima dos imunizados.

Na transmissão, Bolsonaro criticou a agência e disse que ela estaria tentando "tirar o dela da reta" ao recomendar que os responsáveis levem seus filhos no médico em caso de efeitos colatareis após a aplicação da vacina.

— A própria Anvisa que aprovou a vacina, ela recomenda, para tirar o dela da reta, ela orienta os pais cujos filhos apresentem dores repentias no peito, falta de ar ou palpitações, após a aplicação da vacina a procurar um médico — afirmou.

O presidente destacou ainda que a aplicação da vacina não será obrigatória e repetiu que não vacinará sua filha, Laura, de 11 anos.

— Se você quiser seugir meu exemplo tudo bem, se não quiser o direito é seu, pode vacinar seu filho — afirmou.

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