O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu que deve ser candidato à Presidência da República em 2022 . Em entrevistas e pronunciamentos, ele costuma dizer que ainda não decidiu sobre uma eventual candidatura, mas suas movimentações políticas são no sentido de entrar na disputa eleitoral.
Nesta quarta-feira (8), em discurso no 9º Congresso da Força Sindical, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o petista falou mais abertamente sobre o assunto. "Eu estou me dispondo, depois de longas conversas com vocês, a voltar a ser candidato. Porque só tem uma razão para eu voltar, que é fazer mais do que eu fiz nos meus dois mandatos", declarou para a plateia repleta de companheiros do sindicato.
Segundo o jornal O Globo, na ocasião, o ex-presidente direcionou seu discurso para a pauta trabalhista. Em meio a isso, Lula defendeu carteira assinada para entregadores que trabalham via aplicativo e criticou a condução econômica do país feita pelo ministro Paulo Guedes.
Além disso, o petista comentou a insistência do governo em não exigir o passaporte da vacina para quem entra no Brasil. Na terça (7), o Ministério da Saúde anunciou que ignoraria a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e impôs apenas quarentena de cinco dias aos viajantes .
"Ele [o presidente Jair Bolsonaro] precisa criar responsabilidade e permitir que as pessoas sejam obrigadas a apresentar o teste de vacinação, para proteger a sociedade brasileira. Afinal de contas, surgiu um vírus novo, que a gente não sabe a magnitude desse vírus", criticou.
Nesse ponto, Lula se referia a variante ômicron do coronavírus, recém-descoberta e classificada como "variante de preocupação" pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Até o momento, o Brasil tem seis casos detectados, todos de pessoas que estavam fora do país.